As baterias são peças fundamentais de qualquer veículo que armazene a energia de que necessita em acumuladores, e a Tesla não é excepção. Os imensos packs, que na marca americana atingem as dimensões mais generosas – 100 kWh nos Model S e X – são formados por pequenas células, pouco maiores do que as pilhas do tipo AA, que utilizamos em nossas casas, nas mais diferentes aplicações. Como a quantidade de veículos eléctricos fabricados não pára de aumentar, é mais do que natural que o número de pequenas células esteja igualmente a crescer a olhos vistos, necessitando por isso de serem produzidas em cada vez maior quantidade. E são as linhas de produção que geram estas pequenas células a que Musk se referia, quando dizia que as baterias eram fabricadas como se tratassem de balas para uma fita de metralhadora.

Para que se percebesse o que Musk queria dizer, com a sua comparação entre baterias e balas de metralhadora, a Tesla divulgou um vídeo em que é evidente o ritmo com que são fabricadas as pequenas células, que a marca americana desenvolve em parceria com a Panasonic. E a fita da metralhadora a que o CEO da Tesla faz referência não é mais do que a fita de refrigeração, que passa entre a imensidão de pequenas pilhas, quando estão arrumadas num pack de bateria.

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No caso do Model S, uma espécie de tubo de refrigeração, integrado na cinta, tem por missão baixar a temperatura das pequenas células, ou aquecê-las em tempo frio. Ainda que, tanto neste modelo como no Model X, não estando fisicamente ligada a estas. Já no novo Model 3 passa-se o contrário, com as células a estarem, efectivamente, ligadas ao sistema de refrigeração.

Por apurar continua de que forma as células são acopladas ao tubo de refrigeração, sendo que o processo poderá ser levado a cabo através da utilização de uma cola especial. Sendo exactamente este ponto que está na origem dos problemas de produção sentidos com o Model 3.

Apesar das dificuldades sentidas pelo fabricante no novo modelo, diversos especialistas acreditam que a colagem das células à fita com refrigeração integrada poderá ser mesmo a melhor solução, pois não só permite um melhor arrefecimento, graças a uma mais fácil libertação do calor, como aumenta a rapidez com que as pequenas baterias podem ser acomodadas no módulo, comparativamente à sua inserção, à mão, de cada uma das “balas”.

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