O Brasil encerrou o ano de 2017 com uma inflação de 2,95%, o que representa o menor aumento nos preços no país desde 1998, divulgou esta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação do ano passado é 3,34 pontos percentuais inferior à de 2016, quando o indicador atingiu 6,29%.

A alta dos preços no país também ficou abaixo da meta estabelecida pelo Governo para o período, que era de 4,5% com margem de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Em dezembro, a inflação no Brasil avançou para 0,44% e registou a maior taxa mensal do ano, impulsionada pelo aumento dos preços dos alimentos, bebidas e transporte.

A desaceleração da inflação no Brasil no ano passado foi relacionada com a queda dos preços de alimentos e bebidas, que registaram uma desaceleração de 1,87% devido a uma colheita agrícola 30% superior à do ano anterior, de acordo com o IBGE.

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O resultado veio em linha com as expectativas dos agentes do mercado financeiro, que previam que a inflação brasileira do ano de 2017 ficaria em 2,79%, segundo informações publicadas pelo Banco Central do país na semana passada no boletim Focus.

A queda dos reajustes de preços nos últimos meses foi acompanhada por uma queda acentuada das taxas de juro, que encerrou 2017 em 7% ao ano, o seu mínimo histórico.

A queda do reajuste dos preços é outro sinal positivo da economia brasileira, que começou um tímido processo de recuperação em 2017 e, de acordo com as previsões do mercado financeiro, terminou no ano passado com um crescimento de cerca de 1% após dois anos de profunda recessão.