Um alto cargo do exército chinês, o general Fang Fenghui, membro da Comissão Militar Central (CMC), está a ser investigado por alegadamente ter recebido e pago subornos, informou esta quarta-feira a imprensa oficial.

Trata-se do mais recente caso de corrupção envolvendo altas patentes das Forças Armadas da China, até há pouco tempo consideradas intocáveis.

Nos últimos anos, dois ex-vice-presidentes da CMC – braço político do exército -, os generais Guo Boxiong e Xu Caihou, foram também acusados de corrupção. O primeiro foi condenado a prisão perpétua, em 2016, e o segundo morreu no ano anterior, antes de ser julgado.

Fang Fenghui deixou de aparecer em público há cinco meses e foi gradualmente abdicando dos seus cargos, sugerindo que estava sob investigação.

As acusações sugerem que Fang subiu na carreira à custa de subornar outras patentes do exército, aponta a imprensa chinesa.

O Presidente da China, Xi Jinping, advertiu já que este tipo de corrupção abala a governação do Partido Comunista, ao enfraquecer a lealdade e prontidão das Forças Armadas.

Mais do que qualquer instituição, as Forças Armadas chinesas, designadas oficialmente por Exército Popular de Libertação (EPL), devem encarnar o espírito de “servir o povo”, um dos pilares da “educação socialista”.

O EPL é também o maior do mundo, com cerca de dois milhões de efetivos.

Após ascender ao poder, Xi lançou uma campanha anticorrupção, hoje considerada a mais persistente e ampla na história da China comunista, e que resultou já na punição de mais de um milhão de membros do partido.

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