O número de mortes na sequência das chuvas que caem em Moçambique subiu de oito para 14, disse esta quarta-feira à Lusa o porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC). “Temos mais óbitos em função das nossas últimas atualizações, são mais seis mortes que foram registadas”, disse Paulo Tomás.

O porta-voz do INGC disse que estes são dados preliminares, na medida em que a atualização dos dados continua em vários pontos do país. Além de óbitos, a chuva que cai em Moçambique destruiu 119 casas, cinco igrejas e sete mesquitas nas províncias de Nampula e Cabo Delgado, tendo afetado 21.045 pessoas no norte e centro do país.

Em Maputo, a circulação de comboios na linha de Ressano Garcia, que liga Moçambique e África do Sul, está interrompida, na sequência da chuva forte que caiu na noite de segunda-feira. Além disso, vários bairros na capital moçambicana estão às escuras na sequência de avarias registadas nas subestações da Eletricidade de Moçambique (EDM).

Para fazer face ao atual período chuvoso em Moçambique, o INGC precisa de mil milhões de meticais (mais de 14 milhões de euros). O Governo moçambicano emitiu um alerta laranja, que serve para intensificar as ações de monitorização e prontidão. As autoridades moçambicanas preveem para a época de chuvas 2016/2016 três cenários distribuídos pelo território moçambicano, nomeadamente chuva, ventos fortes e seca.

Entre outubro e abril, Moçambique é atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral, mas, paradoxalmente, o sul do país é igualmente afetado por secas prolongadas.

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