Um mês antes de ganhar as eleições presidenciais nos Estados Unidos, um advogado terá pagado em nome de Donald Trump 130 mil dólares a uma antiga estrela pornográfica, para comprar o seu silêncio sobre um alegado encontro sexual entre os dois, avança o Wall Street Journal, citando fontes próximas do processo.

O pagamento terá sido organizado pelo advogado Michael Cohen, que durante cerca de uma década foi um dos principais advogados da Trump Organization, a holding da família Trump.

Stephanie Clifford, antiga atriz pornográfica que utilizava o nome artístico “Stormy Daniels”, e Donald Trump terão tido um encontro sexual em julho de 2006, num clube de golfe no lago Tahoe, na fronteira da Califórnia com o Nevada. De recordar que no ano anterior, 2005, Trump tinha casado com Melania.

Um porta-voz da Casa Branca disse ao Wall Street Journal que “estas são alegações antigas e recicladas, que foram publicadas e veementemente negadas antes da eleição“.

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“Esta já é a segunda vez que estão a levantar alegações bizarras contra o meu cliente. Tentaram perpetuar esta falsa narrativa por mais de um ano, uma narrativa que tem sido consistentemente negada por todas as partes desde pelo menos 2011”, disse Michael Cohen àquele jornal.

O mesmo advogado remeteu para o Wall Street Journal um comunicado assinado por “Stormy Daniels” a negar o encontro sexual. “Os rumores de que eu fui subornada por Donald Trump são completamente falsos”, lê-se. Contudo, a ex-atriz pornográfica não respondeu aos contactos do jornal.

Mas o Wall Street Journal avança mais detalhes, citando fontes conhecedoras do acordo. De acordo com o jornal, o pagamento não terá sido feito a tempo, o que terá levado a atriz a ameaçar cancelar o acordo, mas o pagamento acabou mesmo por ser feito.

Em novembro de 2016, quatro dias antes das eleições, o mesmo jornal tinha noticiado que Stephanie Clifford se preparava para revelar a sua história com Donald Trump numa entrevista à ABC, mas a atriz cancelaria a entrevista pouco depois.

Nessa altura, o jornal revelou que a empresa que edita o tabloide National Enquirer tinha pagado, em nome de Trump, 150 mil dólares a uma ex-modelo da Playboy para a impedir de revelar os seus encontros sexuais com o empresário.