Os cientistas estimam que mais de 90% das espécies existentes na Terra ainda estejam por descobrir. Muitas delas acabarão por se extinguir ainda antes de serem descobertas. Para contribuir para um melhor conhecimento das espécies de plantas e animais existentes no nosso planeta, uma equipa de investigadores ligados à Academia das Ciências da Califórnia, e respetivos colaboradores internacionais, descreveram em 2017 85 novas espécies.
Um dos exemplos de espécies à beira da extinção é a Lavoisiera canastrensis. Esta é uma das espécies de plantas com flor descoberta agora e encontra-se criticamente em perigo.
Por cada espécie que desaparece sem nunca ter sido descrita, “há uma perda potencial para os avanços na medicina, para os polinizadores agrícolas, para os purificadores de água e em muitos outros componentes críticos para a saúde do planeta”, disse Shannon Bennett, chefe de Ciência da Academia.
As espécies agora descobertas são provenientes de vários locais no mundo: desde o oceano Atlântico ou oceano Índico e Pacífico, da América do Sul à América do Norte, da China às ilhas do Pacífico e a Madagáscar. E são tão variáveis como uma formiga-drácula que bebe o sangue das suas larvas, escorpiões capazes de produzir sons, lesmas-do-mar que nadam e tubarões encontrados a mais de dois mil metros de profundidade.