O preço do barril de petróleo Brent, para entrega em março, encerrou esta segunda-feira no mercado de futuros de Londres em alta de 0,58%, para os 70,26 dólares.

Esta é a primeira vez desde dezembro de 2014 que é superada a marca dos 70 dólares no fecho das transações.

O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, terminou a sessão no International Exchange Futures a cotar 41 cêntimos acima dos 69,85 dólares com que fechou as transações na sexta-feira.

A fraqueza do dólar, divisa em que se negoceiam os futuros do petróleo, impulsionou esta segunda-feira o preço do Brent, que na semana passada já tinha ultrapassado os 70 dólares durante a sessão pela primeira vez em três anos.

O crude europeu manteve a tendência altista dos últimos dias, se bem que o seu avanço tenha sido limitado, segundo os analistas, pelo aumento da produção nos EUA, que foi conhecido esta segunda-feira.

As restrições na extração que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros importantes produtores acordaram prolongar até ao final de 2018 contribuíram para o avanço do preço.

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A cotação do barril de Brent já aumentou mais de 10% desde 30 de novembro quando o cartel liderado pela Arábia Saudita anunciou a sua intenção de prolongar a redução da produção, iniciada em janeiro de 2017.

Estas medidas começaram a aliviar o excesso de oferta que cortou os preços do petróleo a partir da segunda metade de 2014, depois de ter alcançado os 110 dólares por barril neste mesmo ano.

Os analistas alertaram porém para que a recuperação do preço reativou parte da indústria, particularmente nos EUA, que tinha suspendido as suas operações devido à baixa rentabilidade, o que pode tornar a alterar o equilíbrio entre a oferta e a procura.