A Fundação Leo Messi, que pertence ao futebolista argentino com o mesmo nome, pode ter desviado grande parte da receita de bilheteira de jogos particulares de caráter solidário para contas offshore. As suspeitas já eram conhecidas desde 2013, mas o caso acabou por ser arquivado em 2015. Porém, documentos tornados públicos pelo consórcio Football Leaks vieram acrescentar novos elementos a esta história.

Segundo o jornal francês Mediapart, que integra o Football Leaks, os bilhetes mais caros para aqueles jogos particulares organizados pela Fundação Leo Messi chegavam a custar 2500 euros. O El Mundo, que também integra aquele consórcio, refere que ficou registada apenas uma transferência solidária na sequência dos jogos em questão: 300 mil dólares norte-americanos para a UNICEF.

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Porém, escreve aquele jornal espanhol, 1,5 milhões de dólares das receitas daqueles jogos podem ter sido transferidos para contas offshore em Curaçao e em Hong Kong. O El Mundo refere ainda que foram feitos pagamentos a alguns dos jogadores que participaram nos jogos, entre aqueles que vivem em Espanha. Porém, quando o caso foi arquivado em 2015, a justiça espanhola não conseguiu determinar a existência de pagamentos feitos diretamente a Leonel Messi.

Segundo o El Mundo a Unidade Central Operativa (UCO) Guardia Civil concluiu a 3 de dezembro de 2015 que “pode ter sido cometido um delito fiscal”. Na sequência dessa conclusão, a UCO pediu autorização a um juiz para pedir ao fisco espanhol e ao de outros oito países os elementos necessários para traçar o caminho ao dinheiro arrecadado em bilheteira nesses jogos. Porém, acrescenta o El Mundo, o juiz não deu provimento ao pedido e o caso foi então arquivado.

Os jogos em questão aconteceram nos anos de 2012 e 2013, em países como o México, Colômbia, EUA e Peru. Além de Lionel Messi, também estiveram presentes jogadores como Dani Alves, Pablo Aimar e Neymar.