O dia do Sporting foi marcado pela troca de farpas entre o Sp. Braga e Bruno de Carvalho, presidente dos leões, e pelas críticas de Nuno Saraiva, diretor de comunicação verde e branco, à marcação dos 45 minutos em falta do Estoril-FC Porto para 21 de fevereiro. Mas, tal como os arsenalistas, também os leões tinham uma surpresa guardada: em busca de um parceiro de voo no ataque para o porta-aviões Bas Dost, Jorge Jesus viu o plantel reforçado por “El Avioncito” Fredy Montero, que volta a Alvalade dois anos após sair para a China.

O acordo ainda não foi anunciado em termos oficiais, mas o Observador pode adiantar que se confirmam os rumores que começaram a circular ao início da tarde e que davam conta da contratação do internacional colombiano que representou em 2017 os canadianos do Vancouver Whitecaps, tendo apontado 15 golos em 39 jogos oficiais na equipa que perdeu nas meias-finais de Conferência da MLS contra os Seattle Sounders, curiosamente a equipa que representava antes de ter sido contratado pelo Sporting em 2013. Tudo aponta para que o vínculo com o conjunto verde e branco tenha a validade de uma época e meia, até junho de 2019.

Em paralelo, confirma-se que os trintas parecem ser os novos vintes em Alvalade: depois da contratação de Rúben Ribeiro, de 30 anos, ao Rio Ave (e com entrada direta no onze inicial, frente ao Desp. Aves), os leões asseguram mais um jogador de 30 anos que conhece bem a casa e pode ter entrada quase imediata na equipa por conhecer alguns dos companheiros e, sobretudo, a forma de trabalhar e as ideias de Jorge Jesus.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Formado no Deportivo Cali, o cafetero esteve cedido ao Academia, ao Atlético Huila e ao Seattle Sounders, clube com quem assinaria a título definitivo em 2011. Em 2013, o avançado ainda foi cedido ao Millonarios antes de chegar ao Sporting, sendo uma das primeiras apostas não só de Leonardo Jardim, técnico da altura, mas também do próprio Bruno de Carvalho, que nunca escondeu a admiração pelo jogador.

Os primeiros meses de verde e branco confirmaram a aposta e, depois de um fantástico golo num particular realizado em Alvalade com a Fiorentina, Montero apontou 13 golos nos primeiros 12 encontros do Campeonato, incluindo um hat-trick na estreia em casa com o Arouca e um golo no primeiro dérbi com o Benfica, à terceira jornada (marcou também três golos ao Alba, na Taça de Portugal). Recorde-se que, nessa fase, em dezembro, o Sporting chegou a liderar a prova, algo que não acontecia há alguns anos. A segunda volta, também por culpa do crescimento na equipa de Slimani, acabou por ser mais modesta, com o jogador utilizado sobretudo como suplente. No final, terminou com 16 golos em 33 encontros oficiais.

Em 2014/15, já com Marco Silva no comando, os números voltaram a ser semelhantes, com 15 golos em 38 jogos, incluindo um que acabaria por ficar marcado na carreira leonina: foi numa jogada de insistência a acabar o tempo regulamentar da final da Taça de Portugal que o avançado conseguiu fazer o 2-2 com o Sp. Braga (na altura o treinador dos minhotos era Sérgio Conceição, que comanda atualmente o rival FC Porto) que quase ninguém acreditava, levando a decisão para prolongamento, penáltis e… vitória.

Na temporada seguinte, a primeira de Jorge Jesus em Alvalade, Montero foi suplente não utilizado na Supertaça que os leões ganhariam frente ao Benfica mas ainda disputou um total de 23 encontros (com seis golos) entre Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e competições europeias. Foi vendido então em janeiro ao Tianjin Teda por cinco milhões de euros, tendo então chegado ao clube Hernán Barcos que, após uma passagem muito modesta pelo Sporting (nem um golo marcou), esteve nos argentinos do Vélez Sarsfield antes de brilhar ao serviço do LDU Quito em 2017. Dois anos depois, Montero está de regresso aos leões e o anúncio oficial será feito em breve.

Barcos, o jogador cedido pelo Sporting que tem algo em comum com Messi e Cruyff