Os pedidos de visto Schengen de curta duração para entrar em Portugal feitos em Maputo passam a partir de quinta-feira a ser feitos num novo escritório da empresa VFS Global, à qual o Estado português adjudicou o atendimento.

Frederico Silva, cônsul-geral de Portugal em Maputo, espera que o serviço possa “melhorar radicalmente”, sendo mais “célere e confortável”, dadas as limitações de pessoal e de espaço que existiam do edifício do consulado.

O diplomata falava à Lusa nas novas instalações, inauguradas esta quarta-feira, no sexto piso da zona de escritórios do edifício Maputo Shopping, centro comercial localizado na baixa da capital moçambicana.

Ao preço do visto Schengen de curta duração, 60 euros, passa a acrescer uma taxa de 30 euros pelo serviço prestado pela VFS Global.

Apesar do aumento de 50%, Frederico Silva refere que os valores são os mesmos que são praticados noutros postos consulares portugueses onde a empresa passou a atuar e que a receção tem sido positiva, “tendo em conta as melhorias” no processo.

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A VFS Global trabalha com 60 postos consulares portugueses, referiu.

A empresa recebe agendamentos através do seu portal na Internet, atende os requerentes e encaminha depois os processos para o consulado com vista à análise e decisão.

Os vistos portugueses de longa duração, tais como para estudo, residência ou tratamento médico, continuaram a ser atendidos nas instalações do consulado, sem alterações.

Em 2016, o consulado-geral português em Maputo atendeu cerca de 9.000 pedidos de visto, 3.000 dos quais para moçambicanos com dupla nacionalidade, ou seja, que também têm nacionalidade portuguesa.

Estes últimos deixaram de receber vistos em 2017 – devendo apresentar passaporte português -, mas ainda assim o número de pedidos processados pelo consulado manteve-se na ordem dos 9.000, concluiu Frederico Silva.

A VFS Global serve 57 governos em 130 países e opera cerca de 2.400 centros de atendimento como o que hoje foi inaugurado em Maputo.

A empresa apresenta-se como a líder mundial do setor, sediada no Dubai e detida através do Kuoni Group (Suíça) pela empresa multinacional de fundos de investimento EQT, fundada na Suécia.