A produtora do polémico programa “SuperNanny”, cujo primeiro episódio foi emitido no último domingo, na SIC, confirmou que todas as famílias que participam no reality show recebem “uma compensação no valor de mil euros”.

Em resposta ao Jornal de Notícias, a produtora Warner Bros. TV Portugal confirmou que Patrícia Mateus — mãe da menina que viria a ser apelidada de “Furacão Margarida” no primeiro episódio — recebeu mil euros por permitir que as gravações do programa decorressem em sua casa no período de uma semana.

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A Warner Bros. TV Portugal, responsável pelo formato televisivo que já foi alvo de críticas por parte de diferentes entidades, assegurou que o valor diz respeito a despesas associadas às filmagens do programa:

Pela participação das famílias no programa consta em orçamento de produção uma verba, como acontece na generalidade dos programas, como forma de compensar algumas despesas inerentes à gravação do programa”.

Fonte oficial do canal garantiu ainda ao JN que o programa “SuperNanny” vai “manter-se na grelha da SIC” e que, até ao momento, o canal não está “sequer a ponderar retirá-lo da antena”.

Horas após a estreia de “SuperNanny”, a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) emitiu um comunicado a alertar para o “elevado risco” de o programa “violar os direitos das crianças, designadamente o direito à sua imagem, à reserva da sua vida privada e à sua intimidade”.

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Seguiram-se as críticas da Unicef Portugal, que acusou o reality show de violar o artigo 16 da Convenção sobre os Direitos da Criança (que determina o “direito da criança a ser protegida contra intromissão na sua vida privada”) e do Instituo de Apoio à Criança, que alertou para os “sérios prejuízos à imagem da criança vítima da exposição pública”.