O número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 16,3% em dezembro, face a igual mês de 2016, para 403.771 pessoas, e 0,2% face ao mês anterior, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo IEFP.

De acordo com os dados disponíveis na página do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2016, contribuíram todos os grupos de desempregados, com destaque para os homens (menos 19,0%), os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos (menos 15,9%), os inscritos há menos de um ano (menos 16%), os que procuravam novo emprego (menos 16,4%) e os que possuem como habilitação escolar o 1.º ciclo do ensino básico (menos 20%).

Segundo o IEFP, o desemprego afetava em dezembro 44.414 jovens, o que representa uma redução homóloga de 19,7% (menos 10.920 jovens) e de 6,9% em termos mensais (o correspondente a menos 3.285 jovens).

Já o número de desempregados de longa duração apurado no final de dezembro foi de 192.996, diminuindo 16,7% em relação ao mês homólogo (menos 38.559 pessoas) e 0,8% em termos mensais (menos 1.463 pessoas).

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A nível regional, comparando com o mês de dezembro de 2016, o desemprego diminuiu em todas as regiões do país, destacando-se o Alentejo com a descida percentual mais acentuada (-19,1%), seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo (-17,2%).

No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 337.844 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, 70% tinham trabalhado em atividades do setor dos “serviços”, com destaque para as “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” e 24,1% eram provenientes do setor “secundário”, com particular relevo para a “construção”. Ao sector “agrícola” pertenciam 4,8% dos desempregados, com o desemprego a diminuir nos três sectores de atividade económica face ao mês homólogo de 2016.

As colocações realizadas durante o mês de dezembro pelo IEFP, por sua vez, totalizaram as 5.263 em todo o país, mais 8% do que em dezembro do ano passado, mas menos 28,9% do que em novembro. A análise das colocações por grupos de profissões (dados do Continente), destaca, mostra uma maior concentração de “Trabalhadores não qualificados” (23,9%) e de “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (21,1%).