A bolsa nova-iorquina, aliviada pelo compromisso orçamental entre democratas e republicanos, que acabou com o encerramento parcial do governo federal, encerrou esta segunda-feira com os seus três índices mais emblemáticos a estabelecerem novos recordes.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average apreciou-se 0,55%, para os 26.214,60 pontos. O Nasdaq valorizou 0,98%, para as 7.408,03 unidades, e o S&P500 avançou 0,81%, para as 2.832,97.

Esta foi a oitava vez desde o início do ano que estes três índices estabelecem recordes em simultâneo.

A sessão tinha começado com um tom prudente, com os investidores a aguardarem pelo resultado das negociações entre democratas e republicanos no Senado.

Quando um compromisso se esboçou a meio da sessão, “um sentimento de alívio generalizado apoderou-se dos investidores”, o que estimulou nitidamente as cotações, observou Adam Sarhan, da 50 Park Investment.

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Apesar de estar demonstrado que os episódios de paralisias orçamentais não terem em geral, ou terem pouco, efeito de longo prazo nos mercados e na economia, o ‘shutdown’ (encerramento do governo federal), que começou no sábado, “não teve tempo para provocar perturbações para as empresas norte-americanas”, acrescentou.

Com esta situação resolvida, os investidores estão a concentrar as atenções de novo na época de divulgação de resultados empresariais, disse Sarhan. “E enquanto não houver mais certeza sobre as perspetivas das empresas (para 2018), os que apostam na alta mantêm o benefício da dúvida”, entendeu Sarhan.

A sessão foi também marcada por várias operações de dimensão, como a compra da Bioverativ pelo laboratório francês Sanofi, por 11,6 mil milhões de dólares (9,5 mil milhões de euros), da Juno Therapeutics pela Celgene, por nove mil milhões de dólares, e da Validuz pela seguradora AIG, por 5,6 mil milhões de dólares.

“Estes acordos propõem um prémio deveras interessante dada a cotação destas empresas, o que leva alguns a pensar que a bolsa ainda tem margem para subir”, destacou Patrick O’Hare, da Briefing.