O presidente da Uber, Dara Khosrowshahi, diz que a empresa vai começar a dar lucro daqui a três anos, quando o negócio amadurecer e a empresa começar a recuperar do investimento que tem feito nos carros autónomos, disse Dara Khosrowshahi a John Micklethwait, editor executivo da Bloomberg News no Fórum Económico Mundial, em Davos. A Uber planeia começar a operar com carros autónomos em algumas cidades nos próximos 18 meses.

Na Web Summit, que decorreu entre 6 e 9 de novembro em Lisboa, a Uber também tinha anunciado que estava a desenvolver parcerias com fabricantes da indústria da aviação para desenvolver e testar uma rede de carros voadores até 2020. O objetivo é que o serviço esteja ao dispor dos clientes três anos depois, em 2023.

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Apesar de a última ronda de investimento da Uber ter avaliado a empresa em 68 mil milhões de dólares — uma operação de compra de ações por parte do SoftBank avaliou a empresa em 48 mil milhões, mas a este valor acresceu um investimento em dinheiro — a empresa nunca apresentou lucros, muito pelo contrários, tem apresentado prejuízos anuais de mais de mil milhões de dólares.

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O presidente do unicórnio não cotado em bolsa mais valioso da história (unicórnios são empresas avaliadas em mais de mil milhões de dólares) disse que a empresa vai continuar a ter uma estratégia de expansão agressiva e que está à procura de outras formas para se tornar mais eficiente. Não querendo comprometer-se com datas, o presidente disse apenas que a empresa vai atingir a rentabilidade antes de 2022.

Khosrowshahi está quase há seis meses a liderar a Uber e tem tentado dar a volta ao polémico ano que a empresa teve, sobretudo enquanto esteve sob a liderança de Travis Kalanick. Entre as várias polémicas que colocaram a empresa no centro da atenção mediática, estão situações de assédio sexual, processos judiciais por fraude, roubo de informação e denúncias de uma cultura agressiva.

No terceiro trimestre de 2017, a Uber teve prejuízos na ordem de 1,46 mil milhões de dólares, mais 40 milhões do que no trimestre anterior. Para 2018, o objetivo do iraniano que lidera a empresa desde agosto é fazer com que a Uber “volte à normalidade” e para o próximo, é que o capital da empresa seja disperso em bolsa e que a empresa passe a ser cotada (faça um IPO). Essa intenção já tinha sido tornada pública no final de agosto.

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