A escola secundária do Restelo e a escola básica de Caselas, em Lisboa, estão fechadas até à próxima segunda-feira para uma desinfestação com vista a eliminar uma praga de ratos naquela zona, disse ao Observador o diretor do agrupamento de escolas do Restelo, Júlio Santos.

“Preventivamente, as duas escolas vão estar fechadas até segunda-feira, inclusive”, disse Júlio Santos, sublinhando que esta “é uma questão que ultrapassa a escola, uma vez que os ratos foram encontrados em toda a zona envolvente”.

A escola está a colaborar com a Câmara Municipal de Lisboa e com uma empresa especializada no sentido de eliminar a praga, adiantou Júlio Santos.

É a segunda vez este ano letivo que a secundária do Restelo é afetada por uma praga de ratos. A primeira foi em setembro, logo no arranque do ano letivo. Segundo o Diário de Notícias, que na altura noticiou o caso, a primeira praga teve origem numa palmeira e causou pânico entre os alunos.

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Na semana passada, Júlio Santos tinha confirmado ao Observador que aquela primeira praga surgiu “devido à seca“, que fez com que os níveis de água estivessem mais baixos. “Houve uma intervenção de empresas especializadas em conjunto com a câmara, quer dentro da escola quer na zona envolvente”, e a situação foi normalizada, esclareceu.

Júlio Santos esclareceu agora que a nova praga nada tem a ver com a de setembro, uma vez que as duas tiveram origem em locais distintos. De forma a prevenir futuros problemas, vai ser feita uma “intervenção mais aprofundada” na escola, acrescenta o diretor.

Falta de condições na secundária do Restelo obriga alunos a cobrirem-se com mantas nas aulas

Na semana passada, o Observador noticiou que os pais e os alunos daquela escola secundária (quarta classificada entre as secundárias públicas no ranking de 2016) estão preocupados com a falta de condições do estabelecimento de ensino. A falta de aquecimento e de isolamento nas salas, aliada às janelas deterioradas, está a obrigar os alunos a cobrirem-se com mantas e cachecóis durante as aulas.

Além disso, os pavilhões de aulas e o bar escolar continuam com a ter coberturas de amianto e faltam estruturas para a realização das aulas práticas de educação física, que decorrem numa ‘sala dupla’ — duas salas de aula normais em que a parede que as separava foi demolida, e que fazem agora de ginásio.

A falta de condições generalizada naquela escola levou a Associação de Pais a promover uma petição online a exigir obras urgentes na secundária — que chegou a ser incluída na fase 3 das obras de reabilitação financiadas pela Parque Escolar, mas o projeto foi cancelado.

O diretor, Júlio Santos, disse que há a promessa, por parte do Ministério da Educação, de obras já em 2018, mas fonte oficial do ministério confirmou apenas a intenção de levar a cabo uma intervenção para ampliar os balneários.

Associação de Pais pede “limpeza urgente”

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária do Restelo (APEEESR), em Lisboa, exigiu esta quinta-feira “urgentes compromissos de manutenção e limpeza do recinto escolar”, após o encerramento do estabelecimento para desratização.

“A associação de pais deste estabelecimento considera que, além da desinfestação prevista e necessária nestes próximos dias, é urgente que existam compromissos de manutenção e limpeza do recinto escolar (mato) para que as pragas se consigam controlar”, salienta a APEEESR, em comunicado.

De acordo com a associação, são também necessários “planos concretos para uma requalificação de fundo nas infraestruturas desta escola, permitindo as condições mínimas para um ensino público de qualidade”.