O PT lançou esta quinta-feira a pré-candidatura de Lula da Silva às eleições para a Presidência da República, que se realizam em outubro deste ano. O anúncio surge um dia depois de o tribunal de segunda instância judicial brasileira ter confirmado a condenação do antigo — e ainda reforçou a pena a aplicar a Lula, que passou de nove anos e seis meses de prisão para 12 anos e um mês por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

4 perguntas e respostas para entender o caso Lula

“Estamos lançando a pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República”, anunciou Gleisi Hoffmann,presidente do PT, no arranque do encontro da Executiva Nacional trabalhista em São Paulo. Estava concretizado o desafio que o próprio Lula da Silva tinha lançado no dia anterior, colando a decisão judicial a motivações políticas dos juízes brasileiros.

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O que estou percebendo é que eles estão fazendo tudo para eu não ser candidato. E agora quero ser candidato a Presidente da República!”, declarou o antigo chefe de Estado esta quarta-feira.

No encontro do seu partido, Lula foi recebido em braços. “Brasil urgente, Lula presidente”, gritavam os petistas na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Os dirigentes do PT alinharam também pela ligação entre política e Justiça. “O evento de hoje tem o objetivo de recuperar a democracia e inocentar Lula“, disse o deputado Paulo Teixeira. “Além disso, queremos recuperar os direitos que estão sendo tirados.”

O calendário judicial — como o Observador já aqui explicou — vai possibilitando que Lula e os petistas alimentem a esperança de ver o seu ex-líder chegar ao dia das eleições como candidato à presidência do Brasil. Para já, segue-se o Supremo Tribunal de Justiça.