O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente, anunciou que o Governo vai aprovar um decreto-lei que regulamenta e cria incentivos para que grandes produções de filmes sejam realizadas no país.

O ministro fez o anúncio à imprensa na quinta-feira à noite, na cidade da Praia, na estreia do filme “Os dois Irmãos”, uma coprodução luso-cabo-verdiana que adapta ao cinema o livro do escritor cabo-verdiano Germano Almeida. A longa-metragem, baseada no romance com o mesmo nome, conta a história de um fratricídio ocorrido no interior da ilha de Santiago nos primeiros anos da independência de Cabo Verde.

O filme, uma parceria entre o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e a produtora portuguesa TAKE 2000-Produções, teve um custo de um milhão e 200 mil euros, com o Governo cabo-verdiano a investir 22 milhões de escudos (200 mil euros). Abraão Vicente disse que foi um investimento do Governo cabo-verdiano que “valeu a pena”.

“Os nossos objetivos com a realização deste filme eram três: valorizar a paisagem cabo-verdiana como cenário para filmes, valorizar o texto, a história cabo-verdiana e os recursos humanos”, enumerou. Depois da cidade da Praia, o filme será ser exibido esta sexta-feira em Assomada e no sábado em São Vicente.

Abraão Vicente informou que o filme será posteriormente distribuído na diáspora cabo-verdiana, nos Estados Unidos e na Europa e que isso vai garantir retorno para que o país possa investir mais no setor cinematográfico.

O produtor do filme, José Mazeda, que há 20 anos adaptou ao cinema o livro “O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo”, também do escritor Germano Almeida, avançou que a Lusomundo está interessada na sua distribuição em Portugal, mas ainda não há data marcada. O filme teve participação exclusiva de atores cabo-verdianos e as filmagens decorreram durante o ano passado em várias localidades do concelho de Santa Catarina de Santiago.

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