A presidente centrista, Assunção Cristas, insistiu esta segunda-feira na necessidade de o partido “falar para todos”, em particular aos jovens do distrito de Setúbal, onde “disruptivo para as novas gerações é ser do CDS”.

“Se temos de falar para todos, e estamos a falar para todos, devemos ter, nomeadamente aqui no distrito de Setúbal, uma particular preocupação para falar para os mais novos”, defendeu Assunção Cristas.

De acordo com a líder centrista, quem vota pela primeira vez e “o registo que tem é o de um primeiro-ministro que não ganhou as eleições, mas tem uma maioria parlamentar de suporte”, está mais recetivo à ideia do fim do voto útil, de que “em 2019 o voto é livre”.

“Há dois anos, lembro-me da sessão que aqui tivemos para ouvir os militantes para escrever a moção ao Congresso. Nessa altura ouvi aqui no distrito de Setúbal algo muito inspirador: o que é novo, o que é de século XXI no distrito de Setúbal, o que é disruptivo para as novas gerações é ser do CDS, porque do PCP e do PS já são os pais e os avós”, contou.

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Num restaurante na Cova da Piedade, num jantar com estruturas locais do distrito de Setúbal, durante as jornadas parlamentares do CDS-PP, Assunção Cristas insistiu na ideia do fim do voto útil e do valor do trabalho dos centristas.

A líder centrista convidou os militantes e dirigentes locais a “arregaçarem as mangas” e estarem “próximos das pessoas” para que estas possam “olhar para o CDS com o olhar renovado e também com o reconhecimento de quem está a fazer um trabalho de formiguinha há muito tempo”.

Assunção Cristas insistiu no valor da concertação e do diálogo social, no dia em que entraram em vigor o novo horário transitório que prevê a obrigatoriedade do trabalho ao sábado e que foi imposto administrativamente pela empresa após a rejeição dos acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores.

A presidente do CDS apresentou um cartão vermelho ao Governo por ter “esvaziado a concertação social” ao escolher como parceiros BE, PCP e PEV, o que lhe dá “menos autoridade” para pedir que haja entendimento e paz social em empresas como a Autoeuropa.

Dessa “empresa em polvorosa” em particular, Assunção Cristas insistiu que é não só uma unidade de produção “que diz muito ao distrito de Setúbal e a todo o país” mas que é importante pelo “sinal que dá do ambiente que se vive nas empresas em Portugal”.