A grafite de Balama, norte de Moçambique, começou este mês a ser vendida para diferentes partes do mundo, anunciou esta terça-feira a empresa mineira australiana Syrah Resources. “As vendas de grafite começaram e um leque de produtos foi enviado para a Europa, China, EUA, Índia e Brasil”, lê-se no relatório de atividades referente ao último trimestre de 2017. A empresa deu por concluída a 1 de janeiro a fase de construção da mina, que agora fica entregue à equipa de operações.

A produção, até sábado, já tinha passado o marco das primeiras três mil toneladas, sendo que a Syrah espera produzir este ano 160 a 180 mil toneladas de grafite, destinada sobretudo a fabricantes de baterias, tais como as usadas nos carros elétricos.

“Os preços para as primeiras encomendas são inferiores ao conjunto de previsões das agências de mercado”, mas os primeiros resultados “serão recebidos em fevereiro de 2018”, detalha-se no documento. A Syrah conta com 567 funcionários diretos em Balama, dos quais 90% são moçambicanos, e tem planos para aumentar o número de trabalhadores locais em 2018 até cerca de 650 pessoas em plena produção, acrescenta.

A Twigg Exploration and Mining, subsidiária da Syrah, assinou, em agosto de 2017, com o Governo moçambicano, um contrato para exploração em Balama por um prazo de 25 anos, renováveis. De acordo com o relatório divulgado, as despesas totais já realizadas para desenvolvimento do projeto ascendem a 213 milhões de dólares americanos (172,5 milhões de euros).

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