Moçambique está alinhado com a prioridade da União Africana (UA) de lutar contra a corrupção, referiu esta terça-feira o Presidente da República, Filipe Nyusi, no final da 30.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UA, em Adis Abeba.

O programa decorreu entre sábado e segunda-feira sob o tema “Vencer a Corrupção, uma Via Sustentável para Transformar África”. “Este tema é de extrema importância para nós, porque traduz o alinhamento total daquilo que estamos a fazer em Moçambique”, disse o chefe de Estado aos jornalistas na segunda-feira, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), apontando a luta contra a corrupção “como uma das saídas para resolver grande parte das preocupações das comunidades”.

Nyusi considerou que a corrupção “exporta-se e importa-se”, pelo que exige um trabalho dentro e fora de cada país. “Quando não se punia ninguém, quando não se julgava ninguém por causa da corrupção, então pensava-se que não havia. Vamos trabalhar, é uma guerra que temos que travar todos, todos os moçambicanos”, apelou.

A justiça moçambicana tem investigado e julgado diferentes casos de corrupção na administração pública, mas analistas pedem mão mais pesada. O estadista moçambicano admite tratar-se de um processo “longo”, porque a corrupção “tornou-se rotina” e “muitas pessoas ficaram a pensar que era uma forma de viver”.

“Temos que encontrar formas para que isso deixe de ser regra,” concluiu. Durante a cimeira, Nyusi reiterou também o compromisso de Moçambique em participar nos esforços para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O presidente moçambicano defendeu, além da mobilização de recursos, uma aposta na educação para mobilizar comunidades.

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