O rei de Espanha assinalou esta terça-feira os seus 50 anos atribuindo a mais alta condecoração do reino à sua filha herdeira, Leonor, de 12 anos, aconselhando-a, na cerimónia, a “guiar-se em permanência pela Constituição” espanhola, “cumprindo-a e respeitando-a”.

Um porta-voz do Palácio real de Espanha classificou o evento deste dia como “um ato de importância histórica para o rei [Felipe VI] e para a princesa herdeira”. A Ordem do Tosão de Ouro é a mais elevada ordem honorífica de Espanha, e remonta a 1430.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy (PP, direita conservadora, no poder), considerou que o ato constitui uma forma de sublinhar “a vontade de permanência da monarquia parlamentar em Espanha. A cerimónia teve lugar em pleno conflito político entre os independentistas catalães e os constitucionalistas da Catalunha e do resto de Espanha.

Os partidos independentistas — em maioria na sequência das eleições autonómicas antecipadas de 21 de dezembro — tentam assegurar a investidura de Carles Puigdemont, o homem que declarou unilateralmente a independência da região, violando a Constituição, estando por isso fugido à justiça espanhola em Bruxelas.

“Receber este Tosão implica para ti responsabilidades especiais”, disse Felipe VI à princesa Leonor, citado pelo jornal El Mundo. O rei deixou ainda um apelo à filha para que respeite sempre a Constituição espanhola, que lhe deve servir de guia em todas as decisões.

“Guiar-te-ás em permanência pela Constituição, cumprindo-a e respeitando-a; Servirás Espanha com humildade e consciente da tua posição institucional”, sublinhou Felipe VI. Presente na cerimónia esteve também o avô da princesa Leonor, Juan Carlos, que reinou 38 anos, até 2014, quando Felipe VI assumiu a coroa.

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