Pelos melhores e piores motivos, Pierre-Emerick Aubameyang tornou-se um nome em constante destaque nos últimos anos cinco anos. Dos golos, das assistências e das cambalhotas nos relvados aos processos disciplinares por apatia nos treinos ou saídas noturnas, houve um pouco de tudo. No último dia louco de mercado, foi notícia por tornar-se a contratação mais cara de sempre do Arsenal (quase 64 milhões de euros).

Filho de um antigo futebolista com passagens por clubes franceses (Toulouse ou Nice) e pela seleção, onde esteve em duas edições da Taça Africana das Nações, o avançado de 28 anos passou pela formação do AC Milan – onde o pai tinha então funções de olheiro – mas acabou por ser emprestado a Dijon, Lille, Mónaco e Saint-Étienne em épocas consecutivas, não conseguindo nunca fixar-se nos rossoneri (que bem devem lamentar agora a decisão).

Seria aí, no Saint-Étienne, com 39 golos em 83 jogos ao longo de duas temporadas, que se começaria a destacar e a despertar as atenções de alguns dos principais conjuntos europeus. E não foi apenas pelo que jogava: em 2012, ano em que participou nos Jogos Olímpicos de Londres marcando um golo à Suíça, teve uma das muitas excentricidades (logo ele que é descrito pelos companheiros de equipa como alguém tímido) e jogou com umas chuteiras avaliadas em quase três mil euros que tinham pequenos cristais Swarovski.

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Em 2013, quando já o colocavam no Newcastle, acabou por transferir-se para o B. Dortmund de novo por influência do pai, que via em Jürgen Klopp o técnico ideal para potenciar as qualidades do gabonês. Mais uma vez, a opção foi acertada. Tornou-se num dos melhores avançados das principais ligas europeias e uma máquina de golos: 16 golos e 48 jogos em 2013/14; 25 golos e 46 jogos em 2014/15; 39 golos e 49 jogos em 2015/16; 40 golos e 46 jogos em 2016/17; 21 golos e 24 jogos em 2017/18. O que faltou? O Campeonato, sempre ganho pelo Bayern; o Mundial, porque o Gabão falhou de novo a qualificação (um pouco como Weah, único africano melhor do mundo).

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Principal característica: instinto e velocidade. Velocidade do género 3,7 segundos em 30 metros, que levou mesmo o dianteiro que tinha como principais referências no início Ronaldo Fenómeno, George Weah e Thierry Henry a desafiar para um duelo o homem mais rápido do mundo, Usain Bolt. Segue-se o Arsenal e Londres, cidade onde o jamaicano é um autêntico Deus. Será que Aubameyang chegará a esse patamar?