Um grupo de “200 a 300 trabalhadores” da Autoeuropa escreveu um abaixo-assinado para “exigir a destituição da comissão de trabalhadores eleita” e liderada por Fernando Gonçalves, avança a edição desta quarta-feira do Diário de Notícias. “O motivo da exigência de destituição prende-se com a falta de hombridade da referida Comissão de Trabalhadores no processo negocial referente à questão que se prende com os novos horários e que opõe os trabalhadores à Administração da Autoeuropa”, refere o abaixo-assinado a que o DN/Dinheiro Vivo teve acesso.

A Comissão de Trabalhadores diz que não tem conhecimento do abaixo-assinado, mas segundo o que o jornal apurou, já houve dois elementos da atual comissão que se demitiram. Em dezembro, também já tinha circulado um abaixo-assinado para destituir a comissão, mas o documento acabou por não ir avante. Na fábrica de Palmela, trabalham 5.700 operários.

Os trabalhadores da Autoeuropa começaram na segunda-feira a cumprir um novo horário transitório, que prevê a obrigatoriedade do trabalho ao sábado e que foi imposto administrativamente pela empresa depois de esta ter rejeitado os acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores, o único organismo que a é considerado válido para negociar questões laborais.

A Autoeuropa deverá atingir este ano uma produção de 240.00 automóveis, a grande maioria do novo modelo T-Roc, veículo que o grupo alemão Volkswagen pretende construir apenas na fábrica de automóveis de Palmela. Como parece não haver acordo à vista entre trabalhadores e empresa, o Sindel — sindicato que pertence à UGT — vai pedir para reunir com a administração da fábrica, a quem vai entregar uma proposta de acordo.

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