O primeiro-ministro timorense defendeu esta quinta-feira a necessidade de avançar com a rede de fibra ótica no país e de melhorar a qualidade do fornecimento elétricos, como passos essenciais para a maior implementação de tecnologias de informação no país.

Mari Alkatiri falava em Díli na cerimónia de integração de dois sistemas para automatizar os pagamentos do Estado a terceiros, como “mais um passo” no fortalecimento da “interação cada vez maior entre cidadãos e o Estado”.

O acordo alcançado esta quinta-feira, disse, é um “importante passo no desenvolvimento da administração pública e do sistema financeiro de Timor-Leste” representando uma “complexa integração dos sistemas para automatizar os pagamentos do Estado”.

Com o novo sistemas três importantes entidades estatais – Ministério do Plano e Finanças, o Banco Central e o banco público BNCTL – passam a estar ligadas entre si e com o setor bancário comercial e também com cidadãos e empresas.

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Um trabalho de vários anos para alcançar “este importante marco” que ajuda a criar um Governo “unido e integrado” e que permite coordenar melhor o fluxo efetivo de informação “dentro e entre entidades governamentais”.

“São passos fundamentais para o funcionamento eficaz do Governo e do Estado no seu todo. A reforma vai continuar e a melhoria da gestão das finanças resultará num Tesouro mais eficiente com maior transparência”, disse Alkatiri.

“É uma grande evolução que permite que o Estado cumpra as suas obrigações em tempo útil. E no futuro permitirá que os cidadãos e as empresas cumpram as suas obrigações com Estado, pagando impostos e outros serviços”, explicou.

Alkatiri recordou que a integração dos sistemas acaba por contribuir também para a promoção do desenvolvimento económico e social de Timor-Leste, onde o “setor privado é incipiente e a economia depende fundamentalmente da injeção de recursos públicos, provenientes da exploração de recursos naturais”.

É ao mesmo tempo um passo no desenvolvimento do sistema financeiro, permitindo ganhos de eficiência e reduzindo a dependência excessiva em notas e moedas no país.

Como passo adicional nesse esforço de redução, disse Alkatiri, vai arrancar em breve um sistema de pagamentos de retalho que permite a “inclusão financeira de amplas camadas da população”.

Globalmente, disse, as medidas ajudam a criar melhores condições para o setor privado, nacional e estrangeiro, o que ajudará a estimular o investimento necessário para diversificar a economia e desenvolver o país.

Alkatiri disse que o Governo – que está atualmente em gestão – tem no seu programa a preparação de um “esquema de garantia parcial do risco de crédito” para ajudar empresas e cidadãos a terem acesso mais facilitado ao crédito.