Não foi a primeira vez mas foi a mais grave. Um rapaz de nove anos, aluno da escola de Cazorla, na Andaluzia, Espanha, sofria abusos sexuais há meses, de acordo com a cadeira de rádio espanhola Cadena Ser. Além dos abusos, sofria ameaças que o impediam de denunciar os alegados violadores, quer na escola quer em casa. O segredo foi mantido até à passada sexta-feira, quando foi internado no hospital San Juan de la Cruz, em Úbeda, na sequência de ferimentos que sofreu durante uma agressão sexual da qual foi vítima. Os exames a que foi submetido revelaram que tinha lesões provocadas por uma “violação”.

A violação aconteceu durante o intervalo das aulas, na escola de Cazorla — onde estudam crianças dos 3 aos 14 anos — no mesmo dia em que o menino de 9 anos foi internado, revelou um familiar da vítima à Cadena Ser. Os alegados autores da violação são quatro estudantes da mesma escola com idades entre os 12 e os 14 anos. Como medida de prevenção, os quatro alunos foram expulsos da escola.

O menor agredido também não tem frequentado as aulas, por precaução. A Conselheira da Educação da Andaluzia, Sonia Gaya Sánchez, disse que não sabe como se encontra a criança e a família, que preferiu não prestar declarações.

A administração da escola garante que não tinha conhecimento do que se estava a passar, até esta quarta-feira quando foi informada. O caso — considerado por Gaya Sánchez, como “muito grave, gravíssimo” — está a ser investigado, quer pela polícia, quer pelo Ministério da Educação.

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