O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, convidou uma série de sócios que têm criticado a sua gestão, para uma sessão de esclarecimento antes da Assembleia Geral de 17 de fevereiro, em que será votada a sua continuidade no cargo.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o Sporting dá conta do convite feito aos 46 sócios de uma lista que Bruno de Carvalho designou como ‘sportingados’ para comparecerem no domingo, às 15h, num hotel de Lisboa.

O objetivo é “esclarecer sobre a mesma [lista] e as razões pelas quais estas pessoas foram incluídas, concedendo-lhes a oportunidade de confrontarem o presidente com as suas razões”, bem como sobre as propostas de alteração aos estatutos do clube e ao regulamento disciplinar, que vão estar em discussão na AG.

Sobre estes dois pontos haverá uma segunda sessão de esclarecimento, destinada a jornalistas e comentadores de vários órgãos de comunicação social e marcada para segunda-feira, às 16h, no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade.

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“Para que não seja suscitado por ninguém qualquer processo de intenção que vá para além da vontade de esclarecer sócios do Sporting, com argumentos como possível melindre, coação, pressão ou ameaça, foi decidido pelos órgãos sociais que o evento de domingo terá lugar fora das instalações do Sporting”, lê-se no comunicado.

Além de Bruno de Carvalho, estarão presentes representantes dos outros órgãos sociais, nomeadamente o presidente da Mesa da AG, Jaime Marta Soares, e o residente do Conselho Fiscal, Nuno Silvério Marques, além do vice-presidente e administrador da SAD Carlos Vieira, coordenador das propostas de alteração aos estatutos e regulamento disciplinar, e a responsável jurídica do clube e da SAD, Helena Morais.

Na segunda-feira Bruno de Carvalho anunciou a marcação da AG de 17 de fevereiro para discutir e votar a elaboração dos novos estatutos, o regulamento disciplinar e a saída imediata ou não dos órgãos sociais.

Na altura, Bruno de Carvalho recordou que, para poderem ser aprovados, os dois primeiros pontos terão de recolher 75% de votos favoráveis, e frisou que se demite de imediato caso não haja aprovação do primeiro ou do segundo.

Quanto ao terceiro ponto, que só será votado se os dois primeiros forem aprovados, o líder ‘leonino’ pede uma votação semelhante à das últimas eleições, na qual obteve uma maioria de 86,13%, para continuar em funções.

A marcação da reunião magna aconteceu depois de no sábado anterior o dirigente ter abandonado uma AG, em que não foram votadas as alterações estatutárias e ao regulamento disciplinar propostas pelo Conselho Diretivo (CD), muito contestadas por alguns sócios.