O Sporting conseguiu esta sexta-feira mais um feito histórico para o ténis de mesa nacional, ao vencer os franceses do Stella La Romagne nos quartos de final da Liga dos Campeões. Recorde-se que os leões (ou qualquer outra equipa portuguesa) nunca tinham ultrapassado a fase de grupos da principal competição europeia de clubes da modalidade mas, e para já, garantiram uma posição entre os quatro conjuntos que discutirão o troféu.

Contando com a presença de muitos adeptos verde e brancos radicados em França, o Sporting começou o encontro com um fundamental triunfo do internacional português João Monteiro logo no primeiro jogo diante de Wei Shiao por 3-0 (com os parciais de 11-9, 11-8 e 14-12), o que deixou os leões muito perto do apuramento depois da vitória por 3-1 na primeira mão realizada no Pavilhão João Rocha. Neste caso, houve mesmo uma derrota que soube a tudo menos isso: apesar de ter perdido o segundo jogo por 3-2, com os parciais de 11-8, 4-11, 12-10, 6-11 e 4- 11, Aruna Quadri garantiu a vantagem necessária para a passagem às meias-finais da competição.

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No terceiro jogo da segunda mão, Diogo Carvalho confirmou a superioridade leonina, vencendo Adrian Crisan pela margem mínima com os parciais de 11-9, 11-4 e 11-7. Com tudo resolvido, os leões prescindiram dos dois últimos encontros individuais: Aruna Quadri com Shihao Wei e João Pedro Monteiro com Brice Ollivier.

Além do Sporting, estão apurados para as meias-finais os russos do Fakel Gazprom (que estiveram no grupo da equipa verde e branca), que eliminaram os dinamarqueses do Roskilde Bordtennis BTK61; os alemães do TTF Liebherr Ochsenhausen, que inverteram a desvantagem da primeira mão com os compatriotas do FC Saarbrücken Tischtennis; e os também germânicos do Borussia Düsseldorf, que afastaram os russos do TTSC UMMC.

Depois dos bons indícios deixados nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, onde a Seleção Nacional teve uma prestação surpreendente culminada com um quinto lugar após um encontro discutido até à negra diante da Coreia do Sul (que se sagraria vice-campeã), o ponto alto viria em 2014, com a conquista do Campeonato da Europa (no ano passado, Portugal perdeu apenas na final do Europeu com a Alemanha). Em paralelo, os melhores jogadores nacionais desta geração de ouro do ténis de mesa português, casos de Marcos Freitas, João Pedro Monteiro ou Tiago Apolónia, foram alcançados outros sucessos individuais e ao serviço dos seus clubes europeus.

Ténis de mesa. O puto maravilha está de volta uma década depois

Esta temporada, o Sporting, bicampeão nacional num total de 34 Campeonatos, 30 Taças de Portugal e 12 Supertaças na modalidade, apostou forte na participação europeu e, além de ter assegurado a contratação de João Pedro Monteiro (que passou pelos campeonatos alemão, italiano, russo e francês), promoveu também o regresso ao clube de Diogo Carvalho, que ocupou a vaga deixada em aberto pela saída de Diogo Chen para o estrangeiro. Aos internacionais portugueses juntam-se ainda os nigerianos Aruna Quadri (considerado o melhor jogador mundial do ano em 2014, que antes representou os açorianos do Toledos) e Bode Abiodun.