Donald Trump pronunciou-se sobre a demissão do assessor Rob Porter esta sexta-feira.

Mas foi já na quarta, lembre-se, que Porter deixou a Casa Branca — onde era figura em ascensão e considerado próximo de Trump — depois de o Daily Mail ter divulgado, horas antes, uma ordem judicial que o proíbe de se aproximar da ex-mulher. Jennifer Willoughby acusa Porter de violência doméstica, física e psicológica. Também a anterior mulher, Colbie Holderness, o acusa do mesmo, apresentando o Daily Mail fotografias desta com um olho negro causado, alegadamente, por uma agressão do ex-assessor da Casa Branca.

[Rob Porter] fez um trabalho ótimo. E desejamos-lhe o melhor”, começou por dizer o presidente norte-americano, acrescentando depois que está “surpreendido” e “triste” com as alegações de Jennifer Willoughby e Colbie Holderness, embora relembre que o seu ex-assessor se diz “inocente”.

Antes de Trump, também o vice-presidente Mike Pence tinha comentado as acusações contra Rob Porter, mas para se declarar “escandalizado”. Para Pence,  “não há lugar para a violência doméstica — quer na Casa Branca, quer na América”.

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Mas não foi só Pence a declarar repúdio face às acusações de violência contra Porter. Também John Kelly, chefe de gabinete de Trump, o declarou, afirmando estar “chocado” com uma situação “inaceitável”. Mas lembrou, contudo, que o ex-assessor é um “homem de verdadeira integridade e honra”. O problema é que a CNN garantiria que Kelly sabia das acusações de violência doméstica há muito. Ainda assim, John Kelly manteria a declaração.

Quanto a Rob Porter, o acusado, afirmou desde o começo — e mesmo após a saída da Casa Branca — as alegações das ex-mulheres são “ultrajantes” e uma “completa falsidade”. “Tenho sido completamente transparente e verdadeiro sobre estas vis alegações. Mas não irei mais contribuir publicamente para esta campanha conjunta de difamação”, concluiu o ex-assessor da Casa Branca.

Membro do gabinete de Trump demite-se depois de acusações de violência doméstica