Estima-se que existam em Portugal entre um milhão e um milhão e meio de armas ilegais, um facto que preocupa o Serviço de Informações de Segurança (SIS). Segundo o Diário de Notícias, as secretas pediram ao Governo e às forças e serviços de segurança para que haja uma nova campanha de desarmamento — já não há uma em Portugal desde 2006.

A sugestão surge num relatório enviado recentemente ao gabinete do primeiro-ministro, às forças e serviços de segurança e aos ministérios da Administração Interna e da Justiça. No documento, citado pelo jornal, lê-se que o comércio ilícito de armas continua a marcar o quotidiano das chamadas zonas urbanas sensíveis.

Nos últimos cinco anos, foram apreendidas apenas 61 mil armas em operações de fiscalização e de investigação criminal. Assim, o organismo acredita que o mercado relacionado com esta criminalidade se mantém com substancial dinamismo, agravando o risco dos crimes mortais contra as pessoas ou mesmo os acidentes.

É claro que muitos criminosos não irão entregar as armas numa operação de desarmamento, mas dessa forma pode reduzir-se o risco de que as armas que estejam na posse de outros cidadãos possam ser roubadas ou vendidas para o mercado de armas ilegais.

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