A obra que vai permitir aproveitar as ensecadeiras da Barragem de Fagilde, em Viseu, para garantir o aumento da capacidade de armazenamento temporária durante a época de estiagem é consignada na quinta-feira.

Orçada em mais de 110 mil euros, a obra deverá ficar concluída no prazo de três meses e representa um aumento de volume de armazenamento da albufeira de 1.500.000 metros cúbicos.

A Câmara de Viseu considera que se trata de uma obra “de especial importância após o período de seca” que a região ultrapassou.

“Esta obra vem substituir as barreiras amovíveis provisórias sobre o descarregador de superfície da barragem, que a título excecional eram instaladas temporariamente”, explica.

Segundo a autarquia, “esta solução tinha elevados riscos, nomeadamente a rotura das barreiras amovíveis por serem de borracha e da possibilidade de haver abertura das comportas de fundo por qualquer avaria, uma vez que havia necessidade do sistema automático das comportas estar ligado”.

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Da água produzida na Barragem de Fagilde, 70% é consumida pelos munícipes de Viseu e a restante abastece os concelhos vizinhos de Mangualde, Nelas e Penalva de Castelo.

Estes quatro municípios são coproprietários da Estação de Tratamento de Águas de Fagilde, situada em Povolide, cuja gestão está a cargo das Águas de Viseu.

No final de outubro de 2017, devido à seca, foi necessário por no terreno uma operação de reforço de abastecimento público de água à região de Viseu, que foi suspensa no final do ano.

A 11 de janeiro, o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, disse aos jornalistas que a Barragem de Fagilde já se encontrava na sua capacidade máxima, com 2,8 milhões de metros cúbicos de água.

Segundo o autarca, “a capacidade da barragem é diminuta”, sobretudo em ano de seca.

Nesse âmbito, entre as várias medidas que estão a ser tomadas para que não se repita a situação de falta de água verificada no ano passado, está “a instalação das ensecadeiras, que vão permitir aumentar num milhão e meio a capacidade de reserva”.

“Um milhão e meio significa aumentar o tempo de sobrevivência da barragem e esta é uma medida que nós vamos conseguir ter implantada a pensar no próximo verão”, afirmou.