O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou esta quarta-feira à comunidade portuguesa em São Tomé e Príncipe para que trabalhe e se dedique ao país e prometeu que não vai demorar mais 18 anos a voltar.

“Apelo-vos ao vosso trabalho, à vossa dedicação, ao vosso amor por esta terra, é impossível não amar São Tomé e Príncipe”, disse o chefe de Estado, num discurso na Embaixada de Portugal em São Tomé perante mais de uma centena de portugueses.

O Presidente agradeceu ainda a dedicação, trabalho e “capacidade de sonhar” e acrescentou: “Nós somos grandes precisamente por causa de vós, porventura alguns dos melhores estão fora desse território físico de Portugal e aqui estão a trabalhar para a fraternidade virada para o futuro entre duas pátrias”.

Reiterando a mensagem que já tinha deixado no primeiro dia da visita às autoridades são-tomenses, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que São Tomé e Príncipe é uma prioridade para Portugal e destacou as áreas em que a cooperação portuguesa faz a diferença: área social, saúde, gestão das escolas, formação dos professores ou colaboração entre as universidades.

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O Presidente destacou ainda aquilo que está a ser feito pelos trabalhadores e empresários portugueses, mas defendeu que “é preciso mais”, lembrando que o primeiro-ministro, António Costa, visitará o país virá dentro de poucos meses com “uma ampla e ambiciosa missão empresarial para fechar um acordo de parceria económica”.

“Sentimos que é preciso mais e não encontramos porventura outro parceiro como São Tomé e Príncipe para esse sonho e sentimos, talvez modestamente, que São Tomé e Príncipe poderá não ter no imediato um parceiro como Portugal disponível para esse acordo”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou o exemplo dos portugueses em São Tomé. “Conto convosco”, disse, prometendo que volta ao país “muito antes” de 18 anos, o tempo que passou desde a última visita de Estado de um Presidente português – a de Jorge Sampaio, em 2000.

De acordo com dados do Observatório da Emigração, vivem em São Tomé e Príncipe cerca de 2.200 portugueses.