Duas dezenas de trabalhadores dos CTT estão desde as 7h concentrados, em protesto contra falta e condições laborais, junto ao Centro de Distribuição Postal em Benfica, onde a adesão a greve ronda os 90%. Eduardo Rita, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), disse à Lusa que neste centro de distribuição postal, pelas 7h, estavam apenas três trabalhadores ao serviço.

“Estamos em defesa dos trabalhadores e do serviço prestado às pessoas, que queremos que seja feito com qualidade”, acrescentou. “Na origem desta greve está a defesa da empresa, do serviço público de correios, a defesa dos postos de trabalho e pela nacionalização da empresa, uma vez que a comissão executiva tem estado a destruir o serviço postal com o encerramento de estações, falhas na distribuição, falta de trabalhadores e aumento das voltas de distribuição”, explicou.

Na origem do protesto está o Plano de Transformação Operacional dos CTT, que foi apresentado pela empresa em dezembro e que prevê a redução de cerca de 800 trabalhadores na área das operações em três anos e a otimização da rede de lojas, através da conversão em postos de correio ou do fecho de lojas com pouca procura. Quanto às estações a encerrar, inicialmente foram apontadas 22, mas o número baixou depois para 19 com a criação de novos postos dos CTT em locais como juntas de freguesia ou estabelecimentos comerciais.

Entretanto, os sindicatos avançaram esta semana que poderão ser até 40 estações, número que a empresa veio rejeitar, esclarecendo que encerraram 16 pontos de acesso do universo de 22 anunciados e que foram abertos 10 novos postos de correio.

A greve de 24 horas estende-se a todas as estações e espaços dos CTT do país e as ações são organizadas pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (SINDETELCO), pelo Sindicato Independente dos Correios de Portugal (SINCOR), pelo Sindicato Nacional Dos Trabalhadores Das Telecomunicações e Audiovisual (SINTAAV) e pela Comissão de Trabalhadores.

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