As boas notícias da Honda, em termos de vendas, não vieram do Civic, nem de qualquer dos SUV da marca. Foi a recente divisão aeronáutica que conseguiu a proeza de ser a melhor em 2017, dentro da sua categoria de aviões a jacto particulares de pequenas dimensões. Isto segundo os dados tornados agora públicos, pela General Aviation Manufacturers Association.

O aparelho em causa, o HondaJet HA-420, é o primeiro produto da Honda Aircraft Company (HAC) e foi desenhado no Japão e fabricado na Carolina do Norte, nos EUA. É aquilo a que se convencionou chamar um Small Business Jet, cujos principais argumentos comerciais são a rapidez e o baixo consumo. Para o conseguir, a HAC produz a fuselagem do HA-420 integralmente em fibra de carbono (com as asas em alumínio), o que lhe garante uma maior rigidez e, sobretudo, um peso mais reduzido.

Os dois motores estão fixados nas asas, o que é uma solução pouco convencional, que a marca justifica para assegurar um maior conforto interior e, especialmente, um menor índice de ruído e vibrações. São dois turbofans HF-120, igualmente produzidos pela HAC e possuem 9,1 kN de impulso, sendo capazes de levar os 4.808 kg do aparelho à descolagem, o valor máximo, até mais 782 km/h, apesar de a velocidade de cruzeiro estar fixada em 682 km/h.

Em 2017, a HAC entregou 43 aviões nos mercados americano, latino-americano, europeu e asiático, com o fabricante a afirmar que as encomendas, para o aparelho cujo preço ronda os 5,4 milhões de dólares (4,93 milhões de euros), continuam a aumentar.

De recordar que o arranque da produção do HA-420 foi marcado por grandes atrasos, na fabricação e certificação, pois a Honda arrancou com o programa em 2003 e previa começar a entregar o jacto particular aos clientes em 2010, mas só conseguiu obter a certificação em finais de 2015.