Malayah Harper, secretária-geral da ONG World YWCA, é o rosto das denúncias que têm sido feitas nos últimos dias sobre a agência das Nações Unidas UNAids, que Harper e outras seis mulheres acusam de ter uma cultura de assédio e abuso sexual. Harper, que trabalhou na UNAids durante mais de 10 anos, tem reforçado os apelos a uma investigação profunda ao organismo da ONU, segundo conta o jornal The Observer.

“É um ambiente de ‘clube de rapazes'”, declarou uma das ex-trabalhadoras que não quis ser identificada. As várias mulheres denunciam casos de assédio sexual às trabalhadoras e promoções concedidas com base em favores sexuais. Harper vai mais longe e acusa o vice-diretor da agência, o brasileiro Luiz Loures, de ter abusado sexualmente dela em 2013.

Duas das seis mulheres anónimas que falaram ao Observer afirmam que avisaram o direitor-executivo, Michel Sidibé, dos comportamentos inadequados de Loures. “Tive uma entrevista de saíde com o Michel quando me foi embora e as primeiras palavras que saíram da minha boca foram ‘o seu vice-diretor é um predador sexual e toda a gente sabe’“, contou uma das visadas.

Na sexta-feira, Luiz Loures anunciou que irá renunciar ao cargo a partir do final de março de 2018. Contudo, o brasileiro nega ter abusado sexualmente de Harper.

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