O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, avisou esta noite aqueles que estão a tentar “minar” internamente o partido que serão “postos na rua”, insistindo que o Governo da República “está obcecado” em tomar o poder neste arquipélago.

O líder madeirense falava na tomada de posse de núcleos dos Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) da região, tendo sublinhado que o objetivo desta força partidária que governa a Madeira há cerca de quarenta anos é “levar o partido para a frente” e vencer as eleições de 2019.

“Quem quiser falar que vá falando sozinho, mas há uma coisa que não vamos admitir: pessoas que estejam metidas aqui dentro para tentar minar a credibilidade e unidade do nosso partido”, declarou Miguel Albuquerque. O também presidente do Governo Regional da Madeira censurou aqueles que estão a “criar ondas” internas no PSD regional.

O responsável insular assegurou: “Já estão avisados dois ou três tipos que andam aqui dentro que a próxima que fizerem são postos no olho da rua”, complementando que os críticos devem “gerir os seus egos em casa”.

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Segundo Miguel Albuquerque, “não há que ter medo de adversários que valem muito pouco”, destacando que a oposição interna no partido pode “entrar por um caminho sem regresso”. O líder social-democrata madeirense salientou que a região vive situações adversas, comparando-a a “uma espécie de aldeia do Asterix”, por ser a única governada pelo PSD

“Temos neste momento um poder central que está obcecado com a tomada do poder na Madeira”, opinou Miguel Albuquerque, criticando o primeiro-ministro António Costa por não se “coibir de ir à assembleia mentir”, pelo que esta região autónoma tem de “resistir”.

O responsável do PSD/Madeira considerou que o partido maioritário neste arquipélago está a “trabalhar num contexto de cerco das esquerdas” e “tudo o que poder ser utilizado por parte do Estado, por parte do poder político contra a região vai ser utilizado”.

“Esta gente que está no poder não tem qualquer escrúpulo para usar os poderes do Estado para fins partidários”, sustentou. O dirigente social-democrata realçou que este tipo de “manobras” representam um perigo para “o desenvolvimento da Madeira, que pode “voltar para trás”, deixando de ser “um território livre e autónomo”.

“O Governo de Lisboa vive da propaganda do vazio e do ruído mediático”, afirmou.