Washington apelou esta segunda-feira a Moscovo, aliada do regime sírio, que faça parar a ofensiva contra Ghouta Oriental, respeitando o cessar-fogo decidido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovado por unanimidade.

“O regime sírio, e os seus apoiantes russos e iranianos, continuam a atacar Ghouta Oriental, um subúrbio muito populoso de Damasco, apesar do cessar-fogo exigido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”, alertou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, numa série de mensagens publicada na rede Twitter.

A representante acrescentou que “a Rússia tem a influência necessária para parar estas operações se decidir respeitar as suas obrigações sobre o cessar-fogo da ONU”. Os Estados Unidos, prosseguiu, “apelam ao fim imediato das operações ofensivas e à abertura urgente do acesso aos trabalhadores humanitários para que possam tratar dos feridos e fornecer uma ajuda humanitária absolutamente necessária”.

Para Washington, o regime de Bashar al-Assad afirma que está a “lutar contra os terroristas”, mas, “em vez disso, está a aterrorizar centenas de milhares de civis com ataques aéreos, artilharia, foguetes, e ataques terrestres”. “O uso de gás de cloro como arma apenas intensifica o tormento de população civil”, disse ainda Heather Nauert.

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Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU – entre os quais a Rússia, com poder de veto – aprovaram no sábado por unanimidade uma resolução que prevê um cessar-fogo humanitário de um mês na Síria.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a instauração a partir de terça-feira de uma “trégua humanitária” diária em Ghouta Oriental, enclave onde morreram mais de 500 pessoas na semana passada em resultado dos ataques das forças sírias.

O governante russo afirmou que serão criados “corredores humanitários” para permitir a retirada de civis de Ghouta Oriental, onde os ataques de artilharia do regime sírio continuam a registar-se hoje, provocando a morte a 17 civis, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos do Homem (OSDH).