O público escolheu, está escolhido: Cláudia Pascoal é a vencedora do Festival da Canção 2018 e será ela que vai representar Portugal no Festival da Eurovisão da Canção, o grande concurso que se realiza pela primeira vez em terras lusas nos dias 8, 10 e 12 de maio, no Altice Arena.

A intérprete de “O Jardim” foi a escolhida de Isaura, artista que compôs um tema sobre um evento muito pessoal — a morte da avó. Natural de Gondomar, Cláudia começou a tocar guitarra aos 15 anos e, desde então, toca regularmente ao vivo. Já participou em vários programas de talento, como os Ídolos e The Voice Portugal, e em 2017 lançou um single com Pedro Gonçalves, intitulado “Ocasionalidades”. Tem um álbum de originais terminado, que ainda não o lançou por falta de apoios, e dois projetos ativos: um a solo, de baladas, e uma banda que canta em inglês, na onda do jazz e do rock.

“O Jardim”, com música e letra de Isaura, ficou em segundo lugar com 20 pontos (10 do júri e 10 do público). Falta saber quem são os artistas com quem vai concorrer. Aqui estão aqueles que já são conhecidos.

Albania, Eugent Bushpepa

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Carinhosamente tratado pelos albaneses como Gent, o representante deste país dos balcãs nasceu em Rrëshen, a 2 de julho de 1984. Começou a cantar muito cedo, ainda criança, e juntou-se à equipa de um talk show albanês em 2006. É um nome bem estabelecido, tendo já tocado com os lendários Deep Purple e com o guitarrista dos Guns N’Roses Ron Thal.

Apesar de todo o sucesso que já conquistou, nunca editou um disco — apenas vários singles. “Mall” é o nome da canção que vai levar à Eurovisão.

Arménia, Sevak Khanagyan

Sevak nasceu na Arménia, na pequena cidade de Metsavan a 28 de julho de 1987, mas mudou-se ainda muito novo para a cidade russa de Kursk. Escritor e compositor, começou a dar as primeiras cartas no mundo da música em 2015, quando concorreu na quarta edição do The Voice Russia. Um ano depois, em 2015, levou para casa o título de vencedor do X-Factor Ucrânia, e actualmente é um dos “treinadores” do The Voice Arménia.

A 25 de fevereiro de 2018 ganhou o Festival da Canção do seu país com a canção “Qami”.

https://www.youtube.com/watch?v=0TWi-KZhZWQ

Austrália, Jessica Mauboy

Pode ainda soar estranho, mas este é o quarto ano consecutivo em que a Austrália participa no final da Eurovisão — e tudo começou com esta Jessica Mauboy. Na edição de 2014, a cantora foi convidada a actuar no intervalo do concurso e deslumbrou todos os presentes.

Na edição de 2018 regressa em força, esta que é uma das mais proeminentes cantoras australianas que já vendeu mais de 3.4 milhões de discos em todo o mundo.

Ainda não se sabe qual será a canção que vai apresentar, a única coisa divulgada até agora é o vídeo que se segue:

Áustria, Cesár Sampson

O cantor que vai representar a Áustria foi, durante vários anos, assistente social, antes de se dedicar a tempo inteiro à música e à carreira de modelo. Esta não é a sua estreia na Eurovisão, já que durante dois anos seguidos, em 2016 e 2017, fez os back vocals da participação búlgara no festival.

Foi um dos primeiros artistas a ser escolhido para a Eurovisão, tendo sido eleito a 5 de dezembro de 2017. A música que vai apresentar chama-se “Nobody But You”.

Azerbaijão, AISEL

Aysel Mammadova é uma cantora azeri que para esta edição do Festival Eurovisão da Canção pôs de lado o “seu” jazz — soma vários anos de Conservatório, onde se especializou neste género — e apresenta-se com uma roupagem mais pop do que é habitual.

Nascida numa família de músicos, AISEL (este é o seu nome artístico) vai competir com a canção “X My Heart”.

Bielorrúsia, Alekseev

Mais um caso de um jovem músico que ganhou fama em programas de talento da TV. Nikita Vladimirovich Alekseev nasceu na Ucrânia, em 1993, e tornou-se conhecido no mundo da música em 2014, quando participou no The Voice Ucrâniae foi um dos semifinalistas. Logo após essa primeira apresentação ao público lançou o single “Pyanoye solntse”, um sucesso estrondoso que ressoou um pouco por toda a ex-União Soviética.

Em maio, no Altice Arena, vai cantar “Forever”.

Bélgica, Sennek

Depois de vários anos “atrás dos holofotes”, a antiga teclista do também belga Ozark Henry faz este ano a sua estreia na Eurovisão. Foi a primeira candidata a ser confirmada no certame que decorrerá na Altice Arena mas ainda muito pouco se sabe sobre como será a sua actuação. Nem sequer foi anunciado o título da música que vai cantar. É esperar para ver.

Croácia, Franka Batelić

A primeira vencedora do Ídolos da Croácia é esta jovem de 25 anos. Começou a cantar aos três anos como solista do coro da igreja católica de Rabac, a sua cidade natal. Esta cantora estudou na conceituada escola de música de Berklee, nos EUA , depois de ter concluído o curso de direito na Universidade de Zagreb.

Franka é uma feroz activista dos direitos dos animais e da comunidade LGBT. “Crazy” é o nome da canção que vai levar à Eurovisão.

Chipre, Eleni Foureira

Com uma estética que mora algures entre Beyoncé e M.I.A., Eleni é cantora, actriz e estilista. Nascida na Grécia, a mulher que vai representar as cores do Chipre deu os primeiros passos no mundo da música em 2007, com a girl band Mystique, grupo que separou em 2009 e, com isso, fez com que Eleni se lançasse a solo.

A música que vai cantar em maio chama-se “Fuego”.

República Checa, Mikolas Josef

Aos cinco anos de idade, Mikolas já tocava guitarra. Nascido numa família de músicos, este antigo modelo percorreu a Europa a actuar nas ruas — foi assim que nasceu a sua carreira musical. Em 2015 lançou o seu primeiro single, “Hands Bloody” e agora, no festival da Eurovisão, irá cantar a música “Lie to Me”. Há uma curiosidade na relação de Mikolas e o festival europeu: em 2017 o músico recusou representar o seu país no concurso por não “acreditar” que a música que iria apresentar.

Dinamarca, Rasmussen

O representante dinamarquês na Eurovisão podia ter saído de um episódio da Guerra dos Tronos — e a sua actuação no Festival da Canção da Dinamarca justifica a comparação, já que o cantor fez uma forte alusão ao imaginário viking. Actor e músico de formação, Jonas Flodager Rasmussen deu os primeiros passos no mundo das canções na década de 80 com uma banda de covers chamada Hair Metal Heroes e actualmente tem explorado o ramo dos musicais, tendo entrado em produções como West Side Story, Rent e os Les Misérables. “Higher Ground” é o nome da canção que vai apresentar a concurso.

Estónia, Elina Nechayeva

Mais uma jovem participante no Festival da Eurovisão da Canção. Com 26 anos, Elina fez toda a formação académica dentro da área da música, sendo mestre em canto clássico. Curiosamente, a actual representante da Estónia foi uma das anfitriãs do Festival da Canção estónio em 2017. Hoje, um ano depois, apresenta-se como participante no concurso com a canção “La Forza”.

Finlândia, Saara Aalto

Costuma-se dizer que à terceira é de vez e esta representante da Finlândia é a prova disso. Depois de ter ficado duas vezes pelo caminho no Festival da Canção finlandês, esta cantora que já chegou a participar no X-Factor do Reino Unido esteve no centro de alguma polémica, na sua terra Natal, quando decidiu abandonar a editora “major” que a representava. Já lançou cinco discos de originais, o mais recente, Tonight, foi editado em 2015. No grande concurso da canção vai interpretar “Monsters”.

França, Madame Monsieur

A representação francesa na Eurovisão é uma das poucas que não será feita por uma artista a solo. A vocalista Émilie Satt e o produtor Jean-Karl Lucas são o duo por trás de Madame Monsieur, grupo que navega entre a pop e uma electrónica dançante. Os dois artistas conheceram-se em 2008 mas só em 2013 formara esta banda que vai apresentar a a canção “Merci”.

https://www.youtube.com/watch?v=c-5UnMdKg70

Geórgia, Iriao

Este é, muito provavelmente, um dos mais inusitados participantes já confirmados para o espetáculo de Lisboa. Os representantes da Geórgia são um grupo que mistura jazz e folk de uma forma exímia e bastante actual. David Malazonia, Nugzar Kavtaradze, Bidzina Murgulia, Levan Abshilava, Shalva Gelekva, George Abashidze, Mikheil Javakhishvili são os membros deste grupo que ainda não anunciou o nome da canção que vai apresentar.

Alemanha, Michael Schulte

As parecenças do concorrente alemão com Ed Sheeran vão além dos traços físicos. Cantando em inglês e num género muito próximo daquilo que o cantor inglês explorava no início da sua carreira (um pop-rock meloso que fica no ouvido). Em 2012 foi o terceiro qualificado do The Voice Alemanha e foi a partir daí que a sua carreira começou a florescer — até então só tinha postado vários vídeos no Youtube onde fazia covers de grandes êxitos pop. “You Let Me Walk Alone” é o nome da canção que vai apresentar em Lisboa.

Grécia, Gianna Terzi

“Oneiro mou” ou “O sonho meu”, em português, é o nome da canção que Gianna Terzi, a representante da Grécia no Festival da Eurovisão, vi trazer a Portugal em maio. O processo de seleção foi assombrado por polémica: tudo começou com um open call de músicas que tivessem “uma sonoridade grega”. Daí surgiram cinco concorrentes, dois deles foram desclassificados em pouco tempo, por não terem reunido “os critérios exigidos”. O canal ERT tinha planeado organizar uma “final”, a 22 de fevereiro, de onde sairia o representante helénico, acontece que antes de isso acontecer, outros dois candidatos foram desclassificados. Resultado? Sobrou uma concorrente, Gianna.

Hungria, AWS

Outra surpresa na Eurovisão: a Hungria elege um grupo de rock puro, que roça o hard rock, como seu representante. Lembra-se dos Lordi? O grupo finlandês de heavy metal que venceu a Eurovisão em 2006? É provável que sim, já que foi uma das mais inusitadas vitórias de sempre. O povo húngaro talvez se tenha recordado e daí a decisão de ter elegido este grupo de quatro rapazes em detrimento de outros sete candidatos — os rockeiros foram eleitos , principalmente, graças ao voto do público. “Viszlát nyár” ou “Adeus Verão”, em português, é o nome da música com que vão concorrer.

Irlanda, Ryan O’Shaughnessy

Os irlandeses já o conhecem desde que tem nove anos, quando era ator e interpretou Mark Halpin numa série entre 2001 e 2010. Dois anos depois, Ryan O’Shaughnessy tentou a sorte no The Voice Irlanda e entrou: Brian Kennedy, que tinha representado a Irlanda no Festival da Canção nacional em 2006, escolheu-o e levou-o aos “live shows”. Agora, vai representar os irlandeses na Eurovisão com a música “Together”, canção que ainda não foi apresentada na totalidade.

Israel, Netta Barzilai

Netta Barzilai foi a escolhida por Israel para representar o país na Eurovisão com a canção “Toy”. Foi ela a vencedora do programa “HaKokhav HaBa L’Eurovizion”, que os israelitas utilizaram para decidir o novo talento que tem de levar Israel a Lisboa em maio. Netta ganhou o programa e sucedeu a Nadav Guedj, Hovi Star e Imri Ziv na representação do país na Eurovisão — todos eles saídos de “HaKokhav HaBa L’Eurovizion”. “Toy”, a canção que vai levar à Eurovisão, foi uma das 140 submetidas à apreciação do júri, mas só vai ser conhecida a 10 de março pelo público.

Itália, Ermal Meta e Fabrizio Moro

O ano passado, a Itália levou à Eurovisão uma das canções que mais frente fez a “Amar pelos Dois” de Salvador Sobral. Em 2018, os italianos escolheram Ermal Meta e Fabrizio Moro para representar o país na Eurovisão com a canção “Non Mi Avete Fatto Niente”. E também estes artistas são filhos de programas de talentos.

Venceram a 10 de fevereiro com “Non Mi Avete Fatto Niente” e naquela própria noite, o dueto Fabrizio Morocomo e Ermal Meta aceitaram levar a canção até ao Festival da Canção em Lisboa.

Letónia, Laura Rizzotto

A Letónia escolheu a brasileira Laura Rizzotto para interpretar “Funny Girl” na Eurovisão. Nascida no Rio de Janeiro, Laura aproveitou as raízes letãs que herdou dos avós paternos e da mãe para regressar às origens. Mas entre um continente e outro, Laura Rizzotto também parou pelos Estados Unidos em 2005 com o resto da família. E também teve sangue português vindo do lado da mãe.

Depois de sair da universidade da Columbia, Laura Rizzotto voltou a escrever canções, mas guardou uma delas para entrar no Supernova 2018, o festival letão onde se decide o representante do país na Eurovisão. Depois de “Made in Rio”, o álbum mais bem sucedido que editou, Laura Rizzotto vai lançar “AMBER”, um trabalho que pretende honrar as suas raízes da Letónia.

Malta, Christabelle

Os malteses caíram aos pés de Christabelle em 2009, quando apareceu no panorama musical a cantar R&B num país onde o pop era dono e senhor das preferências do público. Depois de “I Wanna Know” e de “Everytime I Bleed”, Christabelle foi escolhida para representar Malta no Festival Eurovisão em Lisboa. Mas esta não é a primeira vez que a cantora aparece no maior festival de música pop da Europa.

Em 2014, Christabelle já tinha tentado entrar no festival com a canção “Lovectricity”, mas ficou em oitavo lugar. Um ano depois, a cantora tentou a sorte com “Rush”, mas não foi além do segundo lugar; e em 2016, “Kingdom” também não saiu do quarto lugar. Depois de um ano de pausa, Christabelle regressou revigorada e desta vez para ganhar. A canção “Taboo” acumulou 133 pontos e garantiu a vitória à cantora.

Moldávia, DoReDos

Os DoReDos são uma fusão de música tradicional moldava com música “dance”. Também eles tentaram representar a Moldávia na Eurovisão em 2015 com a canção “Maricica”, uma canção que Pasha Parfeny tinha escrito em 2012. O sexto lugar não chegou aos DoReDos, por isso tentara novamente um ano mais tarde. Uma vez mais, a fórmula de “FunnyFolk” não resultou. À terceira foi de vez: o grupo apresentou “My Lucky Day” e resultou.

Polónia, Gromee e Lukas

Gromee está habituado a juntar-se a outros artistas para lançar novos projetos. Depois dos sucessos internacionais com Nelly Furtado ou os Depeche Mode, Gromee partilhou um projeto com Lukas Meijer. Agora, “Light Me Up” vai representar a Polónia na Eurovisão.

“Light Me Up” não foi a favorita do júri — ficou em terceiro lugar — mas foi a escolhida do público. A vitória no Krajowe Eliminacje no último sábado, 3 de março, foi o passaporte de que ambos precisavam para alcançar o seu objetivo.

Roménia, The Humans

Os “The Humans” têm apenas um ano de vida e juntam cinco membros: Cristina Caramarcu, Alexandru Cismaru, Alexandru Matei, Alin Neagoe e Adi Tetrade. Os cinco atuam em todos os episódios do programa Za Za Sing num canal privado de televisão romena: são eles que acompanham vocalmente, nas guitarras e na bateria os anónimos que participam no concurso e fazem “covers” de outras músicas. Agora vão levar a Roménia à Eurovisão.

Antes, os membros da banda tocavam em casamentos e em bares, mas começaram de imediato a conquistar o país com as tournés que fazem por todo o país interpretando canções deles próprios ou de outros artistas. Aspirando a voos mais altos, os “The Humans” venceram o Festival Eurovisão da Roménia em Bucareste com a canção “Goodbye”. E vêm a Portugal em maio.

Rússia, Julia Samoylova

Desde pequena que Julia Samoylova vive numa cadeira de rodas porque a amiotrofia muscular espinhal lhe paralisou as pernas. Julia encontrou refúgio na música: em abril de 2013 participou no concurso “Faktor A”. Cinco anos mais tarde conquistou um lugar na Eurovisão. Julia deu o primeiro passo internacional em em 2014, quando atuou na cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos em Sochi. A partir daí, a carreira de Julia disparou: já no ano passado tinha sido uma das candidatas à Eurovisão com a música “Flame is Burning”. Mas a política meteu-se no meio.

Julia era uma das favoritas à vitória, mas foi banida da Ucrânia — onde ia ocorrer o Festival — porque tinha quebrado a lei ao atuar na Crimeia em 2015. No entanto, ficou a promessa: seria ela a representar o país no ano seguinte, em 2018, fosse onde fosse. Vai ser em Portugal e Julia Samoylova vai levar “Flame is Burning” ao Altice Arena.

San Marino, Jenifer Brening

Há cinco meses que San Marino procura pela pessoa certa para representar o país na Eurovisão. Tanto tempo depois até encontrou duas pessoa: Jessika vai reunir-se a Jenifer Brening para interpretar “Who We Are” em Lisboa daqui a dois meses. Mas a junção das duas mereceu uma série de alterações nas regras do concurso.

Esta foi a primeira vez que San Marino utilizou o programa “1 in 360”, que aconteceu na Eslováquia. O sistema de votos mudou muitas vezes, mas os organizadores optaram por entregar 50% da responsabilidade ao júri e outros 50% da responsabilidade ao público. E tanto um como outro gostou “do verdadeiro hino ao poder feminista” que as duas cantoras fizeram de “Who We Are”.

Eslovénia, Lea Sirk

Desde 2006 que Lea Sirk está nos ouvidos dos eslovenos, quando a cantora participou no concurso “Bitke Talentov” na terceira temporada do programa. Não ganhou — ficou-se pelo segundo lugar logo a seguir à artista Eva Cerne. E nem dessa vez, nem das outras duas vezes anteriores que Lea Sirk participou nos EMA conseguiu pontos suficientes para chegar à Eurovisão. Este ano foi diferente.

“Back to Being Me” não foi a favorita do público. Na verdade, ficou em terceiro na pontuação dos eslovenos. Mas a soma com a pontuação do júri — que foi a máxima — levou-a à vitória. À terceira foi de vez para Lea Sirk.

Espanha, Alfred e Amaia

Não há nada que amoleça mais a Eurovisão do que o amor e a química entre Alfred e Amaia, os escolhidos pelos espanhóis para representar o país no festival, não fugiu à regra. Os dois antigos concorrentes da Operação Triunfo são mais fortes quando estão juntos — pelo menos a julgar pelas visualizações no YouTube. Vão levar “Tu Canción” ao Altice Arena, música que venceu com 43% dos votos.

Suíça, ZIBBZ

ZIBBZ é formado por Corinne Gfeller, que os suíços conhecem por Coco, e Stee Gfeller. Desde 2011 que se juntaram nesta banda que, embora tenha genética enraizada na Suíça, opera agora a partir dos Estados Unidos. Foi por lá que desenvolveram a carreira, ao trabalhar de perto com Am Winehouse ou com os Paramore. Toda a experiência culminou no álbum “Ready? Go!” em 2013. E na participação na Eurovisão com a música “Stones”.

Holanda, Waylon

Já desde o ano passado que o site Song Festival fez saber que Waylon seria o escolhido para representar a Holanda na Eurovisão em Portugal. Mais um artista saído dos concursos de música, Waylon participou na primeira temporada de “Os Holandeses Têm Talento”, estávamos nós em 2008. O cantor destacou-se e até chegou à final, mas ficou-se pelo segundo lugar. Agora traz “Outlaw In ‘Em” a Lisboa.

Ucrânia, Melovin

Melovin é o nome artístico de Kostyantyn Bocharov, que já participou três vezes no Factor X ucraniano. Foi bem sucedido em duas delas: à segunda foi selecionado para as audições e à terceira — quando o programa já ia na sexta temporada — ganhou. Mas, embora jovem, Melovin não é novo nestas andanças da Eurovisão.

Quando apresentou uma das primeiras canções que escreveu em inglês, “Wonder”, Melovin candidatou-se ao Vidbir 2017, o concurso a partir do qual a Ucrânia escolhe quem vai representar o país na Eurovisão. A canção não resultou: “Wonder” ganhou o televoto mas não foi além do terceiro lugar porque o júri o colocou em penúltimo entre as suas escolhas.

Este ano, as coisas correram melhor para Melovin. O júri deu-lhe a segunda melhor classificação e o televoto deu-lhe quase 34% das preferências. Foi assim que Melovin escolheu “Under The Ladder” para representar os ucranianos em Portugal.

Reino Unido, SuRie

A voz dela já combinou com a de Chris Martins e com a de Will Young como co-vocalista. Foi também nesse papel que SuRie já subiu ao palco do Festival Eurovisão, onde apoiou vocalmente o cantor Loic Nottet quando interpretou “Rythm Inside” pela Bélgica em Viena. Ainda o ano passado, repetiu a experiência ao lado de Blanche para cantar “City Lights”. Desta vez, vai tentar a sorte sozinha.

SuRie foi uma das finalistas do concurso “Eurovision You Decide”, a partir do qual os britânicos escolhem a representação para a Eurovisão. Ganhou o programa no início de fevereiro com a canção “Storm” e é com ela que vem a Portugal participar no festival de música pop europeu.

Sérvia, Sanja Ilic

A caminha de Sanja Ilic na música já vai longa: nascido no seio de uma família de artistas, Sanja transformou-se em compositor e foi o pai de “Halo, Halo”, a canção com que Aska representou a Jugoslávia em 1982. Mais de dez anos depois, Sanja criou o grupo Balkanika, uma banda que canta música tradicional sérvia num ritmo mais moderno. Sanja e Balkanika juntaram-se e vão à Eurovisão com a canção “Nova Deca”.

A banda conquistou o direito de representar o país depois de ganhar o concurso Beovizija, a seleção nacional para a Eurovisão. “Nova Deca”, a canção que venceu, ganhou a pontuação máxima tanto no televoto como na pontuação do júri.

A contar com Sanja Ilic, a banda passa a ter onze membros mas só seis podem subir a palco no Altice Arena em maio: todos os outros, e como permitem as regras, podem ficar nos bastidores — na chamada “green room” — com o resto da equipa.

Montenegro, Vanja Radovanovic

Foram as margens do mar Adriático que viram Vanja Radovanovic começar a carreira, num festival em 2004. Apenas dois anos depois, Vanja tentou participar na Eurovisão mas não se qualificou. Doze anos mais tarde, Vanja ganhou um lugar no evento com a música “Inje”.

Desde 2006 até agora, Vanja Radovanovic concentrou-se em criar músicas e álbuns. A contar desde o início da carreira, Vanja lançou dois álbuns e várias músicas — a mais famosa a ser “Padobran”. O cantor tornou-se no artista com melhores vendas no mundo atual da música em Montenegro, ao ponto de representar marcas tão grandes como a Nokia ou a T-Mobile.

F.Y.R Macedónia, Eye Cue

Bojan Trajkovski, Marija Ivanovska e o baterista Ivo Mitkovski formam o trio que vai representar a Macedónia no Festival da Eurovisão. Trabalham juntos desde 2007 e já alcançaram um patamar de sucesso bastante confortável, somando um grande número de êxitos como “Not This Time”, canção cujo videoclip foi um dos 20 mais vistos desse ano, para a MTV Adria.

Navegando por entre os meandros do pop-rock, este trio ainda não mostrou a ninguém “Lost an Found”, a canção que vão tocar em Lisboa.