A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis (FESETE) anunciou esta quinta-feira para 23 de março um “dia de luta setorial” com greve e paralisações pela “valorização do trabalho” e pelo aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros.

Em conferência de imprensa, em Guimarães, pela voz da coordenadora da direção nacional, Isabel Tavares, a FESETE, que representa também os setores dos lanifícios, vestuário, calçado e peles, deixou ainda um “sério aviso” ao Governo e ao patronato de que irá “recorrer a todas as formas de luta no sentido de rechaçar qualquer iniciativa que vise mais ataques aos direitos dos trabalhadores e ao trabalho com direitos”.

Segundo explicou a sindicalista, as negociações com as associações de patronato do setor estão “bloqueadas”, havendo mesmo recuos: “Além de não avançarem, há retrocessos, propostas de retirada de direitos. A questão mais problemática prende-se com os salários”, apontou.

Isabel Tavares disse que os patrões “não querem sair do salário mínimo nacional ou de valores muito lá perto”, sendo aquela a “principal barreira, associada à falta de condições no local de trabalho, a pressões sem contrapartida, horários desregulados”, entre outras questões.

A sindicalista deu ainda conta de que a FESETE vai “hoje mesmo avançar com um compromisso de intervenção e luta”, que prevê “esclarecimento, mobilização, envolvimento dos trabalhadores, defesa da contratação coletiva, desenvolver e intensificar a luta nos locais de trabalho, avançar com cadernos reivindicativo nas empresas, combater o assédio moral e a opressão”, entre outras formas de luta.

O salário mínimo subiu no início do ano para 580 euros.

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