A aliança da oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD) decidiu esta quinta-feira apoiar a recém-criada Frente Ampla Venezuela Livre e as duas organizações convocaram duas marchas contra a antecipação das eleições presidenciais no país.

A primeira realiza-se no dia 12 de março, em Caracas, e terá como destino a sede da Organização das Nações Unidas, enquanto a segunda, que terá caráter nacional, decorrerá em várias cidades do país e visa o regime do Presidente Nicolás Maduro.

A convocatória das duas marchas foi feita durante o primeiro ato público de apresentação da Frente Ampla Venezuela Livre (FAVL), em que participaram, segundo os organizadores, antigos apoiantes do regime, partidos políticos da oposição, representantes de várias confissões, de associações de estudantes, de sindicatos e jornalistas.

No evento, que serviu também para assinalar o Dia Internacional da Mulher, a FAVL manifestou pretender ser “uma plataforma de luta” para “eleições verdadeiras, livres e justas, sem presos políticos, exilados ou perseguidos” e para combater a “urgência humanitária que mata nos hospitais e nas escolas”.

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No documento divulgado na ocasião, a FAVL pede a demissão de Nicolás Maduro, para que seja ainda possível evitar “um colapso mais traumático que ameaça” os venezuelanos e apelam aos militares que se juntem à organização.

A Frente Ampla Venezuela Livre (FAVL), foi criada na última terça-feira na Universidade Central da Venezuela durante uma assembleia de grémios em que participaram diversos sindicatos da saúde, académicos e estudantes.

A Venezuela tem previsto realizar no próximo dia 20 de maio presidenciais antecipadas, coincidindo o escrutínio com as legislativas e a eleição dos conselhos municipais.