Para já, apenas silêncio. Perante o desenvolvimento mais importante da pulsante tensão militar entre a Coreia do Norte e os EUA, os media de Pyongyang ainda não deram a notícia que dá conta de uma cimeira entre os líderes dos dois países, depois de Kim Jong-un ter convidado Donald Trump para se sentarem à mesma mesa.

O anúncio fez manchete um pouco por todo o mundo, mas, de acordo com o site KCNA Watch, um agregador de notícias publicadas pelos media na Coreia do Norte,  até às 10h15 (hora de Lisboa) deste sábado não havia qualquer menção ao convite que Kim Jong-un estendeu a Donald Trump, por intermédio de uma delegação sul-coreana. Para já, sabe-se apenas que a cimeira vai decorrer em maio, ficando ainda por determinar uma data em concreto e o local.

O “Velho Senil” e o “Homem Foguete” vão falar. É uma vitória de Trump ou de Kim?

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Aquela delegação de Seul, que se encontrou na terça-feira com Kim Jong-un em Pyongyang e esta quinta-feira com Donald Trump, referiu que o líder norte-coreano assumiu o seu compromisso com a “desnuclearização” do seu país e que pediu um encontro com o seu homólogo norte-americano “o mais cedo possível”.

Também nesta semana, foi anunciada uma cimeira entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, numa zona desmilitarizada no lado Norte da fronteira entre os dois países, separados desde 1948. Este encontro, que será o terceiro deste tipo e o primeiro desde 2007, foi anunciado nos media estatais norte-coreanos — mas não foi dado como definitivo.

“Os enviados especiais do Presidente Moon Jae-in puseram-no [a Kim Jong-un] a par da sua intenção de uma cimeira inter-coreana e trocaram opiniões sobre o assunto antes de atingirem um consenso total”, lia-se no Pyongyang Times, na terça-feira, 6 de março. “Ele [Kim Jong-un] afirmou repetidamente a postura consistente e de princípio da República Democrática e Popular da Coreia e a vontade de juntar esforços com a nação coreana para fazer avançar uma relação inter-coreana de forma vigorosa, para abrir um novo capítulo na reunificação nacional e ganhar a admiração do mundo”, continuava o mesmo texto.

Coreia do Norte. Os negócios secretos do terror