Musk, se por um lado critica o Presidente americano, por este não estar à altura do seu antecessor na protecção do ambiente do planeta, nomeadamente no que respeita ao Acordo de Paris, por outro, não teve problemas em voltar atrás e aproximar-se de Trump para lhe pedir ajuda. Em causa estão as medidas proteccionistas que o Estado chinês impõe aos fabricantes, que têm de instalar fábricas na China, o que só conseguem depois de “oferecerem” 50% a um sócio chinês.

O CEO da Tesla está a tentar montar uma fábrica na China há algum tempo, mas tem encalhado nisso mesmo, o que o impede de manter a propriedade intelectual sobre as suas inovações, algo que obviamente Elon Musk não quer que vá parar às mãos da concorrência.

Tesla vai para a China. Mas não quer parcerias

Se o Governo chinês obriga a essa devassa, os EUA, pelo seu lado, permitem que cinco construtores chineses de veículos eléctricos operem no mercado americano, apesar de deterem 100% do capital.

Perante este óbvio desequilíbrio e o pedido do CEO da Tesla, Donald Trump respondeu, recordando que “se a exportação de carros americanos paga 25% à entrada da China, ainda assim uma verdadeira pechincha face aos 75% que a Índia exige, não faz sentido que nós não lhes cobremos nada.” E a Tesla agradeceu a noção de reciprocidade do actual Governo americano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR