O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, afirmou que nos primeiros 10 dias de março já choveu “praticamente o dobro do que é habitual em março” e acrescentou que isso “dá alguma tranquilidade de que as culturas de primavera/verão vão poder realizar-se”.

Em declarações ao Diário de Notícias, o ministro da Agricultura sublinhou ainda assim que este “ainda não é o fim do problema da seca, mas é já parte da sua resolução”. “As barragens estão a ganhar volume a norte do Tejo [mas no Sul do país] subsistem problemas, particularmente na bacia do Sado”, disse Luís Capoulas Santos.

Segundo números da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), há várias barragens na bacia do Sado com níveis ainda bastante baixos. É caso de Campilhas (7% do total), Monte da Rocha (10%), Monte Gato (10%), Monte Miguéis (12%), Vale do Gaio (22%), Pego do Altar (24%), Fonte Serne (30%) e Roxo (34%).

Na Bacia do Tejo, também há números preocupantes. É o caso da barragem do Divor (16%), Vigia (19%), Caia (27%) e Abrilongo (28%).

Segundo a APA, consultada pelo Jornal de Negócios, a chuva trazida pela tempestade Félix levou a “um aumento em 11 bacias hidrográficas”, que ainda assim estão abaixo das médias previstas para Março.

Quanto a albufeiras, entre as 61 monitorizadas, dez tinham valores acima dos 80% do volume total, mas 12 mantinham-se abaixo dos 40%. “Nas bacias do Mondego, Tejo e Arade e oito albufeiras registaram um aumento superior a 20%”, avançou a APA àquele jornal.

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