A One Compaign, organização não lucrativa, foi alvo de uma investigação interna que revelou um “padrão de abuso e conduta inpropriada” entre os líderes da mesma, nos escritórios em Janesburgo, na África do Sul, avança o site The Hollywood Reporter.

Numa carta, Gayle Smith,  diretora da organização co-fundada pelo vocalista dos U2, Bono Vox, disse que entre 2011 e 2015 as mulheres que trabalhavam na One Campaign foram alvo de comportamentos inapropriados por parte dos supervisores.

A carta, dirigida aos membros da organização e que foi tornada pública esta sexta-feira no site, diz ainda que estes comportamentos inadequados dos sub-diretores passavam por convidar as mulheres a trabalhar como “anfitriãs” das festas que aconteciam na suas casas aos fins de semana.

Uma das empregadas da empresa alegou, no decorrer das investigações, que lhe foram feitos “comentários sexistas e sugestivos” e que ela foi “rebaixada depois de ter negado sexo a um dos maiores líderes da organização”, avança a mesma publicação.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Gayle Smith, que entrou para a organização há menos de um ano, em março do ano passado, adiantou que teve conhecimento destas alegações depois de os empregados as terem revelado também no fim do ano passado, altura em que vários casos de assédio, sobretudo em Hollywood, ficaram conhecidos na sequência do movimento #MeToo. Foi também nessa altura que começou a investigação dentro da One Campaign.

#MeToo é a Figura do Ano 2017 da Time

“A maior evidência que resulta desta investigação permite concluir que houve uma falha institucional, mas que a organização está na posse daquilo que é necessário para que estas queixas não voltem a acontecer”, escreveu Smith, citada pela mesma publicação. “Temos a obrigação de saber como é que podemos fazer melhor”, acrescentou.

A diretora deu uma entrevista à agência Associated Press, onde disse que, tanto as mulheres alegadamente vítimas destes comportamentos inapropriados, como os sub-diretores alegadamente abusivos já não estão na empresa.

Estas alegações de asssédio, no entanto, ainda não foram confirmadas. O porta-voz da organização disse que o vocalista dos U2 estava ao corrente da situação, depois de esta ter sido denunciada pelos trabalhadores.