Apenas 16 comboios da Fertagus circularam entre as 00h00 e as 9h39 de hoje devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal, disse uma fonte da empresa, acrescentando que o próximo só vai realizar-se às 14h58.”Dos 21 comboios habituais da Fertagus (Ponte 25 de Abril) entre a meia noite e as 09h39, realizaram-se sete no sentido norte/sul e, no sentido sul/norte, nove dos 24 habituais”, adiantou a mesma fonte.

A mesma fonte indicou que estes 16 comboios fazem parte dos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral.”Passada a hora de ponta, não vai haver circulação de comboios de comboios nas próximas horas. O próximo comboio vai realizar-se às 14h58 no sentido sul/norte e no sentido norte/sul às 16h03 para Roma-Areeiro”, disse.

Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) fazem hoje uma greve para reclamar aumentos salariais de cerca de 4%, o que deverá causar “fortes perturbações e supressões” na circulação de comboios, estando salvaguardadas 25% das ligações em Lisboa e no Porto. Os serviços mínimos definidos preveem 25% da circulação em Lisboa e no Porto, em horário normal e nos serviços Alfa, Intercidades e Internacionais, bem como no comboio da Ponte 25 de Abril (Fertagus).

Uma fonte da CP — Comboios de Portugal tinha avançado anteriormente que entre as 00h00 e as 08h00 de hoje não se realizaram mais de 100 comboios.”Num dia normal teriam circulado, até às 08h00, 266 comboios, mas devido à greve da IP realizaram-se 110 em todo o país”, segundo a mesma fonte.No que diz respeito aos serviços mínimos, a fonte da CP adiantou que se realizaram quase todos, com exceção de quatro.

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Também o coordenador da Fectrans — Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, José Manuel Oliveira, disse cerca das 8h30 à Lusa que a adesão ao protesto “está a ser elevada”.”Entre as 00h00 e as 8h00 a adesão foi elevada. Só estão ao serviço os trabalhadores dos serviços mínimos decretados”, disse, remetendo para o final da manhã dados mais concretos.

José Manuel Oliveira, coordenador da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, explicou anteriormente à agência Lusa que a paralisação foi convocada porque os trabalhadores das empresas do grupo IP não têm qualquer aumento desde 2009 e consideram que não podem esperar pelo final da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Os sindicatos reivindicam um aumento imediato na ordem dos 4%, que garanta um mínimo de 40 euros a cada trabalhador.