A ministra da Justiça perspetivou esta segunda-feira que o novo tribunal de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, possa estar concluído em 2020, uma obra que permitirá o regresso da secção de Comércio ao município. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e o Ministério da Justiça, através do Instituto de Gestão Financeira e de Equipamentos da Justiça assinaram ao final desta manhã um protocolo que permitirá a construção de um novo tribunal no concelho ribatejano.

O novo equipamento irá ser construído nos terrenos da antiga Escola da Armada, recentemente adquirida pela Câmara Municipal de Vila Fanca de Xira, e irá albergar as instâncias de Trabalho, Família e Menores, Cível e Comércio. Em 2014, na sequência da introdução de um novo mapa judiciário, o tribunal de Comércio de Vila Franca de Xira foi deslocalizado para o município vizinho de Loures, onde ainda permanece. Já as restantes secções estão a funcionar no edifício do atual Tribunal de Vila Franca de Xira, situado no centro da cidade.

Em declarações à agência Lusa, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, congratulou-se com o facto de a autarquia ter aceite ser parceira do Governo neste projeto, situação que irá permitir “ter o tribunal construído mais cedo do que inicialmente previsto”. “Era importante que houvesse rapidamente uma decisão que permitisse devolver novamente a Vila Franca de Xira um alojamento condigno dos tribunais. A generosidade e parceria da Câmara vai permitir-nos fazer tudo mais rápido”, sublinhou a governante.

Francisca Van Dumen perspetivou que o novo tribunal de Vila Franca de Xira possa estar concluído em 2020, um “prazo generoso”: “Tudo faremos para que seja em 2020. Já existe muito trabalho feito e, por isso, será possível avançar mais rapidamente”, apontou. A ministra assegurou ainda que serão realizadas obras de reabilitação nas instalações do atual tribunal, reconhecendo que existe uma “sobreocupação do espaço.

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“São, de facto, instalações nobres e, do ponto de vista arquitetónico, existem ali traços importantes que é necessário preservar. No entanto, para isso é também preciso acabar com a sobreocupação daquele espaço. É o tribunal histórico de Vila Franca de Xira e é preciso respeitar”, defendeu. Naquelas instalações irá permanecer a secção criminal.

Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), afirmou tratar-se de “um dia histórico” para o município e referiu que a existência do novo tribunal naquele local irá ajudar a atrair mais investimento e a desenvolver o eixo entre a cidade e a vila de Alhandra.

“Quando para a aquisição deste terreno, só o fizemos quando tivemos a certeza de que iria ser assinado este protocolo. Trata-se de uma âncora que é absolutamente decisiva para que, quando o tribunal estiver a funcionar, muitos serviços para aqui venham. Será uma nova centralidade”, apontou.