Segundo o diário alemão Der Spiegel, o multimilionário chinês Li Shufu, não ponderou só a hipótese de ficar com a Fiat Chrysler Automobiles (FCA). A BMW também esteve nos planos de investimento do homem-forte do Zhejiang Geely Holding Group, antes de Shufu surpreender meio mundo ao tornar-se o maior accionista da Daimler.

Escreve a publicação germânica que, em troca do know-how da BMW no domínio dos veículos eléctricos, Shufu prometeu ao construtor bávaro um melhor acesso ao mercado chinês. Não são conhecidas as razões pelas quais a BMW terá declinado a oferta, bem como o número que lhe esteve associado, sendo certo apenas que o fabricante alemão já tem uma parceria com os chineses da Great Wall Motor e que, inclusivamente, já fez saber que os Mini eléctricos vão ser produzidos na China.

Aqui chegados, eis o que já sabemos: Li Shufu estava na disposição de gastar 22 mil milhões de euros para ficar com o grupo italo-americano FCA, o que lhe daria as rédeas da Alfa Romeo, Abarth, Chrysler, Dodge, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Mopar e RAM. Perante a nega da FCA e, sabe-se agora, também da BMW, acabou por desembolsar “apenas” 7,3 mil milhões de euros na compra de quase 10% da Daimler. Quantia que, ainda assim, faz dele o maior accionista do conglomerado que detém marcas como a Mercedes e a Smart. Contas feitas, o milionário chinês ficou com 14,7 mil milhões “estacionados” à espera de uma oportunidade para ir, de novo, às compras.

Além da Geely, o Zhejiang Geely Holding Group controla a Volvo Cars, a Proton, a Lotus, a London Electric Vehicle Company, a Terrafugia (carros-voadores) e parte (8,2%) dos camiões da Volvo. de recordar que Shufu adquiriu 9,69% das acções da Daimler em nome próprio.

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