O primeiro-ministro palestiniano, Rami Hamdallah, foi esta terça-feira alvo de uma explosão dirigida ao cortejo de viaturas onde seguia, ao entrar na Faixa de Gaza. De acordo com a Agência France Press, que cita testemunhas no local, há sete feridos ligeiros a registar, mas Hamdallah não é um deles.

O incidente ocorreu por volta das 10h da manhã locais, quando os carros que transportavam Hamdallah e também o chefe dos serviços secretos palestinianos, Majid Faraj, tinham acabado de entrar no território da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. O primeiro-ministro tinha como destino a inauguração de uma estação de tratamento de águas co-financiada pela Autoridade Palestiniana, numa visita que estava planeada há cinco meses.

Hamdallah, escreve o jornal israelita Haartez, é “considerado uma figura independente”, já que não é membro da Fatah, o partido atualmente no poder na Autoridade Palestiniana, e sempre foi “conhecido nos círculos intelectuais palestinianos”.

A Autoridade Palestiniana já terá reagido, de acordo com a AFP, que cita um comunicado oficial nos media palestinianos. O presidente da Autoridade, Mahmud Abbas, considerou a explosão “um ataque cobarde” e culpou o Hamas, grupo radical que gere Gaza desde 2007.

Também Hussein al-Sheikh, membro do comité central da Fatah, responsabilizou diretamente o grupo: “O Hamas é totalmente responsável por este ato criminoso. Abre um precedente muito perigoso e muitas decisões e políticas vão agora basear-se nisto”, declarou, de acordo com a Al Jazeera. O ministro do Interior de Gaza, Iyad al-Buzom, respondeu à mesma cadeia de televisão afirmando que as acusações da Fatah “têm uma dimensão política” e anunciando que “vários suspeitos foram detidos” no âmbito da investigação a esta explosão.

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