O ex-chefe da diplomacia norte-americana, Rex Tillerson, explicou esta terça-feira que “pouco depois do meio-dia” (17h00 em Portugal) recebeu “uma chamada do Presidente dos EUA” a partir do avião presidencial, o Air Force One, a informar que tinha sido demitido. A chamada terá sido minutos antes do tweet de Donald Trump a informar que o sucessor de Tillerson seria o diretor da CIA, Mike Pompeo. Nas primeiras declarações após a demissão, o demitido secretário de Estado diz que o “mais importante é garantir uma transição suave e ordenada“, mas não deixa de dizer que “há muito trabalho a fazer ainda para responder ao comportamento perturbador e às ações do Governo russo”. Na despedida, Tillerson agradeceu a tudo e a todos, menos a uma pessoa: Donald Trump.

Sobre a Rússia Tillerson afirmou que o país “deve avaliar cuidadosamente se as suas ações servem o melhor interesse do povo russo e do mundo. Se continuar a sua trajetória atual vai caminhar para um maior isolamento” e isso é “uma situação que não interessa a ninguém”.

O secretário de Estado cessante fez também questão de destacar aquelas que considera serem algumas das principais conquistas do tempo em que esteve à frente da diplomacia norte-americana: “Trabalhámos com os nossos aliados, e superámos as expectativas de quase todos com a campanha de pressão máxima aplicada à Coreia do Norte“. Tillerson lembrou ainda os progressos no Afeganistão e no combate ao ISIS na Síria. O secretário de Estado realçou o combate que a sua equipa fez ao assédio sexual no Departamento de Estado com a campanha #StateToo.

Donald Trump demite secretário de Estado Rex Tillerson. Pompeo é o novo chefe da diplomacia

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