Donald Trump poderá manter a dança de cadeiras a que já habituou os norte-americanos desde que chegou à Casa Branca. Só esta semana já foram três os nomes a abandonar a Administração: o assistente pessoal, John McEntee; o secretário de Estado, Rex Tillerson; e o subsecretário de Estado para a Diplomacia Pública e Assuntos Públicos, Steve Goldstein. O primeiro está sob investigação pelo alegado envolvimento em crimes financeiros, conta a CNN. O segundo, de acordo uma fonte da Casa Branca citada pelo New York Times, saiu porque Trump já quer ter uma equipa em plenas funções quando iniciar as conversas com o líder norte-coreano, Kim Jong-un,  em maio.

Donald Trump demite secretário de Estado Rex Tillerson. Pompeo é o novo chefe da diplomacia

O terceiro abandonou a administração depois de ter falado da saída de Tillerson publicamente, dizendo que “o secretário de Estado não falou com o Presidente e desconhece as razões” da demissão.

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Agora o mais forte candidato a abandonar os gabinetes, segundo a CNN, é o Conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster. Tudo porque é contra a ideia de Trump de abandonar o acordo nuclear com o Irão. E já há candidatos para a sucessão: John R. Bolton, embaixador dos EUA nas Nações Unidas, entre 2005 e 2006, durante o mandato de Geroge W. Bush; Safra Catz, administradora da Oracle; o diretor da Agência de Segurança Nacional Mike Rogers; e Stephen Biegun, vice-presidente da Ford.

Trump despede mais um. Goldstein demitido por falar sobre saída de Tillerson

Mas a bolsa de apostas não se esgota com o nome de H.R. McMaster. Também o Chefe de Gabinete da Casa Branca, John Kelly e o Secretário dos Assuntos dos Veteranos, David Shulkin podem ter o lugar em risco. Shulkin chegou mesmo a fazer parte da Administração de Barack Obama, mais aí como Subsecretário dos Assuntos dos Veteranos para a Saúde.

À procura da equipa perfeita

Este número de mexidas já foi mesmo comentado por Donald Trump. Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos disse que “está quase” a ter o Gabinete “que quer”. Na semana passada, chegou mesmo a dizer no Twitter que está sempre à procura da perfeição e que os relatos sobre “o caos” com as entradas e saídas da Casa Branca “são a nova narrativa das fake news“. No mesmo tweet admitiu que ainda “há algumas pessoas” que quer mudar na administração.

Apesar de todas estas mudanças, Donald Trump só quer anunciar saídas quando já houver um sucessor escolhido. Foi isso que fez no caso da Rex Tillerson, onde só foi anunciada a demissão quando o presidente já tinha escolhido Mike Pompeo para assumir o cargo de secretário de Estado

E foi por esse motivo que o Trump ficou irritado quando, na semana passada, Gary Cohn, o então conselheiro para os assuntos económicos, decidiu sair sem haver ainda um substituto na calha, conta a CNN. Cohn saiu em conflito com Donald Trump, por não concordar com a intenção do presidente de aplicar taxas às importações de aço e alumínio.

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