A Câmara Municipal de Lisboa vai atribuir 120 mil euros ao Teatro da Comuna, até 2020, no âmbito de um acordo trianual de colaboração, de acordo com uma proposta que será apreciada na quinta-feira, em reunião privada do executivo.

A proposta, à qual a agência Lusa teve acesso, refere que “a relação institucional entre os dois outorgantes assume uma dupla vertente: uma ligada à utilização e gestão ordinária do edifício em que A Comuna prossegue a respetiva atividade, e uma outra que se prende com a criação de um suporte financeiro para que a companhia prossiga a respetiva atividade e continue a contribuir com a mesma para o enriquecimento do tecido cultural da cidade de Lisboa”.

“No sentido de não permitir uma interrupção na atividade desta entidade, e de lhe permitir continuar a prosseguir a respetiva programação sem interrupções e com base num instrumento jurídico próprio que reflita o significado que a atividade desta companhia assume para a cidade de Lisboa, propõe-se o estabelecimento de um acordo trianual de colaboração com o município”, elenca a proposta assinada pela vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto.

Desta forma, o executivo liderado pelo socialista Fernando Medina vai deliberar a atribuição de um apoio financeiro de 40 mil euros por ano ao Teatro da Comuna, entre 2018 e 2020.

A proposta elenca que “os municípios possuem atribuições no domínio da cultura e que, dentro destes, compete à Câmara Municipal deliberar sobre as formas de apoio a entidades e organismos legalmente existentes e apoiar atividades de natureza social, cultural, educativa, desportiva, recreativa ou outra de interesse para o município”.

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Segundo a vereadora da Cultura, “a Comuna é uma das entidades mais emblemáticas da cidade de Lisboa mantendo uma atividade regular, utilizando o espaço que lhe foi cedido pela Câmara Municipal de uma forma exemplar e apostando numa política de incentivo à partilha de recursos e troca de experiências com outras entidades culturais, o que a torna numa mais-valia inquestionável no âmbito da atividade cultural do município”.

O acordo, anexo à proposta, aponta que o teatro deverá “manter, conceber e implementar uma programação assente na diversidade de estilos e na qualidade e multidisciplinaridade técnico-artística em prol da divulgação da dramaturgia portuguesa e internacional, clássica e contemporânea”.

Em dezembro, Catarina Vaz Pinto anunciou que o novo projeto de gestão dos teatros da Câmara de Lisboa, abrange o São Luiz e Maria Matos, há anos sob gestão da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa (EGEAC), a que se juntam o Teatro Aberto, o Cinearte, o espaço do Teatro Meridional, o Teatro Taborda, A Comuna, o Teatro Luís de Camões, o Teatro Variedades e o Teatro do Bairro Alto.

Na reunião privada, o executivo vai avaliar ainda a atribuição do nome “Largo Fundação Champalimaud” ao arruamento onde se localização a fundação, à avenida Brasília, “até à data sem topónimo”.

A proposta, também assinada pela vereadora da Cultura, aponta que “se cumpre no próximo dia 19 de março o centenário do nascimento de António de Sommer Champalimaud”.

O documento acrescenta que a “instituição solicitou à Câmara Municipal de Lisboa uma homenagem ao seu fundador” já este ano.